Dar umas boas 20 gargalhadas, por dia;
Ouvir 30 boas gargalhadas a cada um dos 4 filhotes, por dia;
Ouvir 20,5 boas gargalhadas ao maridão, por dia; (Não podes ficar a ganhar muito!)
Ajudaria se o presidente de todos nós não tivesse semblante de limão entalado.
Ler uma carrada de livros (1/2 dúzia bons);
Ver uma caixa de bons filmes;
Ouvir música agradável;
Viver.
29 dezembro 2005
28 dezembro 2005
Evolução do ensino da matemática em Portugal
Anos 50
Um agricultor vende uma saca de batatas por 1000 escudos. O custo de produção é de quatro quintos o preço de venda. qual foi o seu lucro?
Anos 60
Um agricultor vende uma saca de batatas por 1 000 escudos. O custo de produção é de quatro quintos o preço de venda, ou seja, 800 escudos. Qual foi o seu lucro?
Anos 70
Um agricultor troca um conjunto P de batatas por um conjunto D de moedas. A cardinalidade do conjunto D é de mil, e cada elemento de D vale uma unidade de escudos. Desenha mil pontos grandes, que representam os elementos de D. O conjunto C, dos custos de produção, é formado por menos 200 pontos grandes do que o conjunto D. Representa C como um subconjunto nde D e dá a resposta correcta à pergunta "qual a cardinalidade do conjunto dos lucros?". (Assinalar todos os pontos a vermelho)
Anos 80
Um agricultor vende uma saca de batatas por mil escudos. Os custos de produção são de 800 escudos e o lucro de 200 escudos. SDublinha a palavra "batatas" e discute-a com os teus colegas.
Anos 90
Um agrikultore consegueinxustamente 200 paus por uma çaca de batatas. Hanaliza este teisto, procura errus de conteudo, gramatika e pontuassão e depois espreça o teo metudo de pensamento.
Um agricultor vende uma saca de batatas por 1000 escudos. O custo de produção é de quatro quintos o preço de venda. qual foi o seu lucro?
Anos 60
Um agricultor vende uma saca de batatas por 1 000 escudos. O custo de produção é de quatro quintos o preço de venda, ou seja, 800 escudos. Qual foi o seu lucro?
Anos 70
Um agricultor troca um conjunto P de batatas por um conjunto D de moedas. A cardinalidade do conjunto D é de mil, e cada elemento de D vale uma unidade de escudos. Desenha mil pontos grandes, que representam os elementos de D. O conjunto C, dos custos de produção, é formado por menos 200 pontos grandes do que o conjunto D. Representa C como um subconjunto nde D e dá a resposta correcta à pergunta "qual a cardinalidade do conjunto dos lucros?". (Assinalar todos os pontos a vermelho)
Anos 80
Um agricultor vende uma saca de batatas por mil escudos. Os custos de produção são de 800 escudos e o lucro de 200 escudos. SDublinha a palavra "batatas" e discute-a com os teus colegas.
Anos 90
Um agrikultore consegueinxustamente 200 paus por uma çaca de batatas. Hanaliza este teisto, procura errus de conteudo, gramatika e pontuassão e depois espreça o teo metudo de pensamento.
27 dezembro 2005
20 dezembro 2005
Já começaram
as férias escolares. Isto significa arranjar que fazer a 4 filhotes desocupados e cheios de energia.
Os mais velhos dormem (ou dormiriam se eu deixasse) até ao almoço, arrastam-se para a mesa, resmungando qualquer coisa sobre mães chatas que os não deixam dormir descansados. A tarde dedicam-na ao computador e/ou tv/dvd. Com o jantar chega o pico da energia e estão prontos prá naite, prás namoradas/os até de madrugada.
Estariam! Se a mãe e o pai não fossem uns desmancha prazeres...
Os mais pequenos querem passear, ver as luzes da cidade, correr todos os parques infantis, andar de bicicleta no Fontelo, de patins no campo de futebol atrás de casa, ler histórias, ver filmes novos, rever pela 19087ª vez a "toupeirinha", comer umas panquecas quentinhas, uns biscoitos da mamã...
Ufa, que canseira!
Quando é que acabam estas férias?
Os mais velhos dormem (ou dormiriam se eu deixasse) até ao almoço, arrastam-se para a mesa, resmungando qualquer coisa sobre mães chatas que os não deixam dormir descansados. A tarde dedicam-na ao computador e/ou tv/dvd. Com o jantar chega o pico da energia e estão prontos prá naite, prás namoradas/os até de madrugada.
Estariam! Se a mãe e o pai não fossem uns desmancha prazeres...
Os mais pequenos querem passear, ver as luzes da cidade, correr todos os parques infantis, andar de bicicleta no Fontelo, de patins no campo de futebol atrás de casa, ler histórias, ver filmes novos, rever pela 19087ª vez a "toupeirinha", comer umas panquecas quentinhas, uns biscoitos da mamã...
Ufa, que canseira!
Quando é que acabam estas férias?
17 dezembro 2005
14 dezembro 2005
Presidenciais
Nunca tive tanta dificuldade em decidir o meu voto!
O naipe de candidatos espelha bem o beco de sentido único em que este país se encontra.
Duas cassetes de pose simpática, um avozinho culto, um pau de vassoura com a simpatia de quem acabou de chupar um limão e... um poeta.
Valha-nos ao menos esse, um bom poeta.
E se não passa à segunda volta em quem voto?
Nesse dia vou recitar a "Trova do vento que passa" prás bandas de Espanha.
Os debates também não têm ajudado, só me dão sono.
Ó balha-me deus e a santa maria da agrela
O naipe de candidatos espelha bem o beco de sentido único em que este país se encontra.
Duas cassetes de pose simpática, um avozinho culto, um pau de vassoura com a simpatia de quem acabou de chupar um limão e... um poeta.
Valha-nos ao menos esse, um bom poeta.
E se não passa à segunda volta em quem voto?
Nesse dia vou recitar a "Trova do vento que passa" prás bandas de Espanha.
Os debates também não têm ajudado, só me dão sono.
Ó balha-me deus e a santa maria da agrela
10 dezembro 2005
Experiência nova
Em fins de Setembro uma amiga, pintora e escultora, desafiou-me para participar, com os meus trabalhos, numa exposição dela. Especialmente os bonecos que eu sempre faço para os meus filhos e amigos. Pensei, voltei a pensar e aceitei.
Nestes últimos meses todas as minhas fatias de tempo livre foram utilizadas para criar, tricotar,crochetar, coser, bordar.
A exposição era para começar a 8 de Dezembro. Era, não foi.
Um imprevisto atirou-a para fins de Fevereiro ou início de Março.
E agora? Tenho peças em lã, próprias para Natal, para o inverno. Duvido que tenham muito interesse com o início do tempo quente, quando preferimos o algodão.
Por isso decidi expô-las n' a loja da eva
Nestes últimos meses todas as minhas fatias de tempo livre foram utilizadas para criar, tricotar,crochetar, coser, bordar.
A exposição era para começar a 8 de Dezembro. Era, não foi.
Um imprevisto atirou-a para fins de Fevereiro ou início de Março.
E agora? Tenho peças em lã, próprias para Natal, para o inverno. Duvido que tenham muito interesse com o início do tempo quente, quando preferimos o algodão.
Por isso decidi expô-las n' a loja da eva
08 dezembro 2005
05 dezembro 2005
03 dezembro 2005
Rotundas
Viseu, com as suas rotundas, já faz parte do anedotário nacional.
Existem para todos os gostos: em forma, feitio e utilidade.
São muitas. Sempre que se aproximam autárquicas inanguram-se mais umas dezenas.
De tal maneira que a alcunha do Presidente da Câmara dos últimos 16 anos e eleito para mais 4, de seu nome Fernando Ruas, é Fernando Rotundas.
Há quem seja seu defensor acérrimo e seu opositor acalorado.
A minha posição é mais NIM. Reconheço que favorece a fluidez do trânsito mas irrita-me a sua quantidade.
Depois há questão da condução nas rotundas. Deveria haver uma disciplina, obrigatória nas escolas, para aprender a entrar e a sair das rotundas!
Sempre que eu acho que já vi de tudo nestas rotundas visienses, eis que aparece alguém que ainda me consegue surpreender.
Aconteceu hoje: em plena rotunda um automóvel faz marcha atrás à minha frente. Enganou-se na saída para quê circundar?
E não meus senhores, não era uma gaija!! Nem octagenário. Era um tuga de bigode farfalhudo com a família toda no carro.
Foi nesta rotunda, onde tenho que passar várias vezes ao dia, recentemente inaugurada com o nome de João Paulo II. Tem uma estranha forma elíptica e todos os dias há aqui acidentes. Espero que a breve canonização ajude.
Existem para todos os gostos: em forma, feitio e utilidade.
São muitas. Sempre que se aproximam autárquicas inanguram-se mais umas dezenas.
De tal maneira que a alcunha do Presidente da Câmara dos últimos 16 anos e eleito para mais 4, de seu nome Fernando Ruas, é Fernando Rotundas.
Há quem seja seu defensor acérrimo e seu opositor acalorado.
A minha posição é mais NIM. Reconheço que favorece a fluidez do trânsito mas irrita-me a sua quantidade.
Depois há questão da condução nas rotundas. Deveria haver uma disciplina, obrigatória nas escolas, para aprender a entrar e a sair das rotundas!
Sempre que eu acho que já vi de tudo nestas rotundas visienses, eis que aparece alguém que ainda me consegue surpreender.
Aconteceu hoje: em plena rotunda um automóvel faz marcha atrás à minha frente. Enganou-se na saída para quê circundar?
E não meus senhores, não era uma gaija!! Nem octagenário. Era um tuga de bigode farfalhudo com a família toda no carro.
Foi nesta rotunda, onde tenho que passar várias vezes ao dia, recentemente inaugurada com o nome de João Paulo II. Tem uma estranha forma elíptica e todos os dias há aqui acidentes. Espero que a breve canonização ajude.
30 novembro 2005
26 novembro 2005
24 novembro 2005
Ahhh , como estou feliz!
(cantar como lengalenga infantil, ou não)
Temos a maior árvore de Natal da Europa
Trá lá lá lá lá lá
Como estou feliz
Trá lá lá lá lá lá
Foram inauguradas mais dez (10) rotundas em Viseu
Trá lá lá lá lá lá
Como estou feliz
Trá lá lá lá lá lá
Vamos ter o aeroporto da OTA
Trá lá lá lá lá lá
Como estou feliz
Trá lá lá lá lá lá
E assim acabámos com a depressão nacional
Trá lá lá lá lá lá
Como estou feliz
Trá lá lá lá lá lá
Temos a maior árvore de Natal da Europa
Trá lá lá lá lá lá
Como estou feliz
Trá lá lá lá lá lá
Foram inauguradas mais dez (10) rotundas em Viseu
Trá lá lá lá lá lá
Como estou feliz
Trá lá lá lá lá lá
Vamos ter o aeroporto da OTA
Trá lá lá lá lá lá
Como estou feliz
Trá lá lá lá lá lá
E assim acabámos com a depressão nacional
Trá lá lá lá lá lá
Como estou feliz
Trá lá lá lá lá lá
22 novembro 2005
20 novembro 2005
14 novembro 2005
09 novembro 2005
De pequenino se torce...
Na escolinha do Alexandre há dois meninos bastante violentos. Um tem três (3!) anos, o outro cinco.
O meu piolho começou por dizer: "o Jorgi é mau, dá tau-tau no Alex", no dia seguinte pegou num pau e disse que era para dar tau-tau no Jorgi.
Perguntei às educadoras e fiquei de queixo caído com a resposta. Sim é verdade, o Jorge bate em toda a gente: nos meninos, nas funcionárias e educadoras, quando lhe ralham diz que vai dizer ao pai. Nunca o conseguem sentar ou convencê-lo a participar nas actividades.Quando colocaram a questão à mãe ela disse que em casa também é assim e riu-se.
Hoje quando o levei ao infantário encontrei-me com a tal mãe a levar o "famoso" filho e pus a questão em frente da educadora e duma funcionária: "então tu é que és o Jorge, o Alexandre queixa-se que tu lhe bates?!" - Resposta pronta da mãe: "Pois, ele é muito activo!"
Trocámos olhares incrédulos com as educadoras. A educadora mais velha foi mais rápida a reagir informando a mãe que já tinha dado autorização aos meninos para se defenderem das agressões.
"Façam com entenderem" resmungou com ar ofendido e virou costas.
Ouço frequentemente às minhas amigas professoras que os miúdos estão cada vez mais mal educados e violentos. Entre eles e com os adultos.
Cada vez me parece mais que estamos a educar uma geração de ditadores. A geração dos filhos únicos, prepotentes, controladores. Interrogo-me sobre o porquê e, muito sinceramente, creio que a culpa é nossa, dos pais, das mães. Somos desculpadores, permissivos, vivemos em função da criança (muitas vezes única e tão desejada) e anulamo-nos como seres adultos conscientes. Tornámo-nos crianço-dependentes.
Desculpamo-nos com o trabalho excessivo e falta de tempo para fugirmos à nossa responsabilidade fundamental: educar os nossos filhos para a responsabilidade, para viver com os outros e não por cima dos outros.
Dizer NÃO pode ser a maior prova de amor.
O meu piolho começou por dizer: "o Jorgi é mau, dá tau-tau no Alex", no dia seguinte pegou num pau e disse que era para dar tau-tau no Jorgi.
Perguntei às educadoras e fiquei de queixo caído com a resposta. Sim é verdade, o Jorge bate em toda a gente: nos meninos, nas funcionárias e educadoras, quando lhe ralham diz que vai dizer ao pai. Nunca o conseguem sentar ou convencê-lo a participar nas actividades.Quando colocaram a questão à mãe ela disse que em casa também é assim e riu-se.
Hoje quando o levei ao infantário encontrei-me com a tal mãe a levar o "famoso" filho e pus a questão em frente da educadora e duma funcionária: "então tu é que és o Jorge, o Alexandre queixa-se que tu lhe bates?!" - Resposta pronta da mãe: "Pois, ele é muito activo!"
Trocámos olhares incrédulos com as educadoras. A educadora mais velha foi mais rápida a reagir informando a mãe que já tinha dado autorização aos meninos para se defenderem das agressões.
"Façam com entenderem" resmungou com ar ofendido e virou costas.
Ouço frequentemente às minhas amigas professoras que os miúdos estão cada vez mais mal educados e violentos. Entre eles e com os adultos.
Cada vez me parece mais que estamos a educar uma geração de ditadores. A geração dos filhos únicos, prepotentes, controladores. Interrogo-me sobre o porquê e, muito sinceramente, creio que a culpa é nossa, dos pais, das mães. Somos desculpadores, permissivos, vivemos em função da criança (muitas vezes única e tão desejada) e anulamo-nos como seres adultos conscientes. Tornámo-nos crianço-dependentes.
Desculpamo-nos com o trabalho excessivo e falta de tempo para fugirmos à nossa responsabilidade fundamental: educar os nossos filhos para a responsabilidade, para viver com os outros e não por cima dos outros.
Dizer NÃO pode ser a maior prova de amor.
03 novembro 2005
02 novembro 2005
01 novembro 2005
Ena tanta bruxinha!!!!
Na aldeia da minha mãe,nas Terras do Demo - como lhe chamou Aquilino Ribeiro - a norte de Viseu, neste dia, os fornos comunitários coziam pão (broa) o dia todo e dava-se a quem pedia "pão-por-deus". Originalmente eram as crianças das famílias pobres que pediam.
O meu avô explicou-me que era uma maneira de alimentar o espírito dos nossos mortos.
Como ateu vejo aqui, claramente, resquícios pagãos.
Detesto a maneira como tudo serve para apelar ao consumismo desenfreado. Mais ainda as hordas que atacam os centros comerciais todos os feriados e fins de semana. Será que essa gente não sabe que é possível passear noutros sítios?
31 outubro 2005
Reciclar, reciclar, reciclar sempre...
Inspirada pelas minhas musas fui buscar roupas velhas usadas dos meus filhos e decidi-me a experimentar o quilting.
Lembro-me de ver, em miúda, as mulheres da aldeia da minha mãe, ao Domingo, sentadas numa lage solarenga a coserem mantas de trapos. Davam aproveitamento a todas as roupas que a família deixasse de poder usar. Camisas, saias, blusas, toalhas rasgadas eram assim reutilizadas. As viúvas, que nas aldeias da Beira Alta vestiriam o resto da sua vida de negro (ainda hoje), davam assim uso às suas vestes coloridas.
Faziam grandes pedaços de novo tecido que era depois reaproveitado para mantas (o mais frequente), sacos de compras, sacos para os cereais, feijão, chás e mesmo saias para o Inverno e coletes para homem. Como era forrado tornava-se um tecido quente.
A ideia é fazer uma mochila para a Teresa. Quando estiver pronta mostro.
Já descobri que é difícil. Fiquei com os dedos bastante picados.
Tentei a máquina de costura mas não fica tão perfeito.
Lembro-me de ver, em miúda, as mulheres da aldeia da minha mãe, ao Domingo, sentadas numa lage solarenga a coserem mantas de trapos. Davam aproveitamento a todas as roupas que a família deixasse de poder usar. Camisas, saias, blusas, toalhas rasgadas eram assim reutilizadas. As viúvas, que nas aldeias da Beira Alta vestiriam o resto da sua vida de negro (ainda hoje), davam assim uso às suas vestes coloridas.
Faziam grandes pedaços de novo tecido que era depois reaproveitado para mantas (o mais frequente), sacos de compras, sacos para os cereais, feijão, chás e mesmo saias para o Inverno e coletes para homem. Como era forrado tornava-se um tecido quente.
A ideia é fazer uma mochila para a Teresa. Quando estiver pronta mostro.
Já descobri que é difícil. Fiquei com os dedos bastante picados.
Tentei a máquina de costura mas não fica tão perfeito.
28 outubro 2005
A propósito do Natal
hei-de escrever um post (com tempo) sobre consumismo versus Natal.
Entretanto, fica tudo dito do lado de lá do Atlântico.
De outros natais: uma cascavel natalícia e uma centopeia divertida que já perdeu as botas.
Entretanto, fica tudo dito do lado de lá do Atlântico.
De outros natais: uma cascavel natalícia e uma centopeia divertida que já perdeu as botas.
25 outubro 2005
Filhos do novo milénio
O nosso caçulinha, o único membro da família nascido neste século, começou a utilizar o computador. Constrói puzles, faz jogos simples e didácticos de certos sites.
Para não fazerem muita asneira no meu computador, ele, tal como irmã Teresa, tem uma sessão própria com a respectiva password. Para simplificar, a password é o próprio nome.
A irmã mais velha viu-o pela primeira vez, no Sábado, a escrever no teclado e achou o máximo.
Ao jantar (outra vez ao jantar!) perguntou-lhe como se escrevia o nome dele.
Ele soletrou de boa vontade: A, Lê, E, Xis, ENTER.
Para não fazerem muita asneira no meu computador, ele, tal como irmã Teresa, tem uma sessão própria com a respectiva password. Para simplificar, a password é o próprio nome.
A irmã mais velha viu-o pela primeira vez, no Sábado, a escrever no teclado e achou o máximo.
Ao jantar (outra vez ao jantar!) perguntou-lhe como se escrevia o nome dele.
Ele soletrou de boa vontade: A, Lê, E, Xis, ENTER.
Cores de Outono
Um longo passeio de Domingo por Fráguas e Arbutus do Demo, revelou as cores do Outono.
A pensar no Outono e Inverno e suas cores: um cachecol para a filhota grande, umas caneleiras para a filhota pequena e uma lata-lápis para todos poderem pintar e escrever na cozinha. Tudo feito com restos. Quero ainda fazer umas luvas a condizer com as caneleiras.
Há bastante tempo que não trabalhava com agulhas e lãs tão finas (2) e, sinceramente, estou a gostar.
A pensar no Outono e Inverno e suas cores: um cachecol para a filhota grande, umas caneleiras para a filhota pequena e uma lata-lápis para todos poderem pintar e escrever na cozinha. Tudo feito com restos. Quero ainda fazer umas luvas a condizer com as caneleiras.
Há bastante tempo que não trabalhava com agulhas e lãs tão finas (2) e, sinceramente, estou a gostar.
20 outubro 2005
Salvadores da pátria - parte 2, 3, 4,....
Hoje vai ser apresentada (?) a candidatura do tio Aníbal.
Apresenta-se, claro, como salvador da pátria. Do estado das coisas no cantinho.
Ora, se bem me lembro, foi Primeiro Ministro 12 anos. O que é que ele salvou?
Foi a época dos GRANDES SUBSÍDIOS da CEE, tudo foi gasto e, o resultado está à vista.
Nos últimos 10 anos aconteceram muitas coisas no mundo e por aqui. Onde esteve o salvador? Não me lembro de o ver ou ouvir a falar sobre a invasão do Iraque,
sobre a fuga de Barroso ou do governo de Santana....
Muito sinceramente para que é que eu preciso dum Presidente que saiba de economia? Ele pode vetar o Orçamento de Estado? Arranjar mais empregos?
Coisa boas:
Chegou a minha vez de ler o Harry Potter, yupiiiii
Apresenta-se, claro, como salvador da pátria. Do estado das coisas no cantinho.
Ora, se bem me lembro, foi Primeiro Ministro 12 anos. O que é que ele salvou?
Foi a época dos GRANDES SUBSÍDIOS da CEE, tudo foi gasto e, o resultado está à vista.
Nos últimos 10 anos aconteceram muitas coisas no mundo e por aqui. Onde esteve o salvador? Não me lembro de o ver ou ouvir a falar sobre a invasão do Iraque,
sobre a fuga de Barroso ou do governo de Santana....
Muito sinceramente para que é que eu preciso dum Presidente que saiba de economia? Ele pode vetar o Orçamento de Estado? Arranjar mais empregos?
Coisa boas:
Chegou a minha vez de ler o Harry Potter, yupiiiii
19 outubro 2005
Adolescência
Ter filhos adolescentes acarreta:
- ter ténis fedorentos permanentemente estacionados na sala,
- ter grunhos como resposta a perguntas bem intencionadas,
- ter o frigorífico sempre vazio,
- ter a despensa sempre vazia,
- ter as/os namorados/as sempre à perna,
(...)
- ter ténis fedorentos permanentemente estacionados na sala,
- ter grunhos como resposta a perguntas bem intencionadas,
- ter o frigorífico sempre vazio,
- ter a despensa sempre vazia,
- ter as/os namorados/as sempre à perna,
(...)
15 outubro 2005
Família Numerosa
Ter uma família numerosa significa:
fazer quatro tabuleiros de biscoitos de limão e vê-los desaparecer ao lanche,
mais um bule de chá,
um litro de leite
e, no final, a inevitável pergunta: o que vai ser o jantar?
Biscoitos de limão para acompanhar uma tarde de Sábado chuvosa
4 ovos, 4 colheres de sopa de margarina derretida, raspa e sumo de 1 limão,1 chávena grande de açucar, 0,5 kg de farinha com fermento;
- Bate-se a margarina e o açucar, juntam-se os ovos 1 a 1, a raspa e sumo de limão e, no fim a farinha. Bate-se muito bem e formam-se, com 2 colheres, pequenas porções que se deitam em tabuleiros untados. Vai a forno bem quente cerca de 10 mn.
Nota: o limão pode ser substituído por laranja ou 1 cálice de Porto.
fazer quatro tabuleiros de biscoitos de limão e vê-los desaparecer ao lanche,
mais um bule de chá,
um litro de leite
e, no final, a inevitável pergunta: o que vai ser o jantar?
Biscoitos de limão para acompanhar uma tarde de Sábado chuvosa
4 ovos, 4 colheres de sopa de margarina derretida, raspa e sumo de 1 limão,1 chávena grande de açucar, 0,5 kg de farinha com fermento;
- Bate-se a margarina e o açucar, juntam-se os ovos 1 a 1, a raspa e sumo de limão e, no fim a farinha. Bate-se muito bem e formam-se, com 2 colheres, pequenas porções que se deitam em tabuleiros untados. Vai a forno bem quente cerca de 10 mn.
Nota: o limão pode ser substituído por laranja ou 1 cálice de Porto.
13 outubro 2005
O frio já pode vir
08 outubro 2005
Porque hoje é dia de reflexão
"À vezes ponho-me a pensar: se a gente deita o lixo nas praias, cospe para o chão, insulta a mulher, dá porrada nos filhos, foge ao fisco...Por que raio não havíamos de votar no Avelino?!"
in Visão de 6/10/2005
citando Revista humorística ABS
in Visão de 6/10/2005
citando Revista humorística ABS
07 outubro 2005
Bonecos
Há muito, muito tempo...
Bem, não foi assim há tanto tempo. 16, 17 anos. Quando a filhota mais velha (hoje com 19 anos), começou realmente a brincar, descobri que os brinquedos de todos os meninos eram iguais. Variavam nas cores e pouco mais.
Daí nasceu a ideia de fazer um boneco especialmente para a Marta. Só dela. Um palhaço tricotado com restos de lã que havia por casa.
A seguir um boneco para o André. Um coelho de laçarote, feito duma camisola velha e roupa tricotada.
Assim instaurei a tradição de cada filho ter um boneco especial feito pela mãmã.
O gato do cachecol da Teresa.
O coelho branco do Alexandre.
Fiz outros bonecos para os meus filhos e amigos, mas estes foram dedicados individualmente.
Bem, não foi assim há tanto tempo. 16, 17 anos. Quando a filhota mais velha (hoje com 19 anos), começou realmente a brincar, descobri que os brinquedos de todos os meninos eram iguais. Variavam nas cores e pouco mais.
Daí nasceu a ideia de fazer um boneco especialmente para a Marta. Só dela. Um palhaço tricotado com restos de lã que havia por casa.
A seguir um boneco para o André. Um coelho de laçarote, feito duma camisola velha e roupa tricotada.
Assim instaurei a tradição de cada filho ter um boneco especial feito pela mãmã.
O gato do cachecol da Teresa.
O coelho branco do Alexandre.
Fiz outros bonecos para os meus filhos e amigos, mas estes foram dedicados individualmente.
04 outubro 2005
03 outubro 2005
Eclipse
Depois de ter entregado os filhotes nas respectivas escolas, fui fazer a habitual corridinha na mata/parque do Fontelo.
Passava da 9 horas. Estranhei a luminosidade, diferente do habitual. Depois lembrei-me do eclipse.
O parque do Fontelo (em Viseu, claro) é uma mata com árvores seculares: carvalhos, castanheiros, faias, bétulas, pinheiros (poucos) e algumas árvores exóticas. É muito bonito, relaxante, com os seus caminhos e carreiros, esquilos, gaios, pavões, melros e pica-paus. A isto junta-se a ideia maravilhosa de um circuito de manutenção.
Mas hoje estava diferente. Por volta da 9, 30 h havia um lusco fusco próprio do anoitecer e um frio a condizer.
Continuei a minha corrida e comecei a observar um comportamente diferente dos pássaros. Especialmente os melros faziam o seu enervante chilrear próprio do anoitecer. Outros pássaros se lhes juntaram nos pius-pius próprios da preparação para o recolher da noite.
Confesso que senti um arrepiozinho na espinha!
Se eu tivesse dúvidas da interligação forte existente em todo o universo, teriam ficado desfeitas.
Estão a ouvir, srs assinantes ou não de Quioto, isto está tudo ligado. Todos dependemos de todos e de tudo!!!
Passava da 9 horas. Estranhei a luminosidade, diferente do habitual. Depois lembrei-me do eclipse.
O parque do Fontelo (em Viseu, claro) é uma mata com árvores seculares: carvalhos, castanheiros, faias, bétulas, pinheiros (poucos) e algumas árvores exóticas. É muito bonito, relaxante, com os seus caminhos e carreiros, esquilos, gaios, pavões, melros e pica-paus. A isto junta-se a ideia maravilhosa de um circuito de manutenção.
Mas hoje estava diferente. Por volta da 9, 30 h havia um lusco fusco próprio do anoitecer e um frio a condizer.
Continuei a minha corrida e comecei a observar um comportamente diferente dos pássaros. Especialmente os melros faziam o seu enervante chilrear próprio do anoitecer. Outros pássaros se lhes juntaram nos pius-pius próprios da preparação para o recolher da noite.
Confesso que senti um arrepiozinho na espinha!
Se eu tivesse dúvidas da interligação forte existente em todo o universo, teriam ficado desfeitas.
Estão a ouvir, srs assinantes ou não de Quioto, isto está tudo ligado. Todos dependemos de todos e de tudo!!!
30 setembro 2005
Mãozinhas inquietas
Este casaco foi pensado para as noites de Verão da minha filhota mais nova. É em fio de algodão da Brancal. Aconteceu que o fio comprado não chegou e, quando me faltava apenas em pedacinho de manga, acabou. Corri a comprar mas, a loja da Brancal de Viseu fechou, todo o mês de Agosto, para férias.
Calhou bem o Verão prolongado.
Bonequinha para o cabelo da filhota caçula
27 setembro 2005
Escolinha
O meu filhote mais pequeno completou uma semana na escolinha. Com êxito. Ontem e hoje já almoçou e ficou até às 16h.
Entra na sala sempre com um grande sorriso e vai dar um beijinho e um abraço à educadora.
Esta chama-lhe "o meu sol", porque chega sempre a sorrir e participa em todas as actividades com vontade.
Será que a batalha está ganha?
24 setembro 2005
A política vista por uma dona de casa que não tem tempo para merdas
Não, não vou falar da Fátinha Coisa nem do Avelino Coiso e Tal, Major Valentão ou do Alberto João. Não, vou falar dos políticos sérios. Ou melhor, eles acham-se sérios. Tão sérios que põem aquele ar de estadistas e botam faladura grave. Criticam a libertação da Fátinha. Criticam os juizes, a postura a fazedura, enfim, tudo e todos.
E eu, menina séria e quase casadoira (pois não?), fico confusa, muito confusa. E arreliada, muito arreliada.
Então estes senhores, estadistas sérios e de faladura grave, não têm sidos os mesmos que governam este país, alternadamente, nos últimos 30 anos?
Não foram Vas Exas que fizeram as leis? Que fabricaram as Fátinhas, Avelinos, Isaltinos e Albertos Joões?
Ai não?
Pois, eu sei, mais os jumentos que neles votam
Iiiommm, iiiooommm
E eu, menina séria e quase casadoira (pois não?), fico confusa, muito confusa. E arreliada, muito arreliada.
Então estes senhores, estadistas sérios e de faladura grave, não têm sidos os mesmos que governam este país, alternadamente, nos últimos 30 anos?
Não foram Vas Exas que fizeram as leis? Que fabricaram as Fátinhas, Avelinos, Isaltinos e Albertos Joões?
Ai não?
Pois, eu sei, mais os jumentos que neles votam
Iiiommm, iiiooommm
19 setembro 2005
Dia D
Amanhã o meu mais pequenino vai para a escola pela 1ª vez. A tempo inteiro.
Como vai reagir?
Tenho um nó na barriga. Não conhece ninguém. ´
Para se sentir bem acompanhado fiz-lhe a mochila e o saco da muda de roupa.
Para a mochila inspirei-me aqui e o saco é pura reciclagem: uns jeans rotos e camisas velhas
Depois de muitas negociações, com a Câmara, Junta de Freguesia e paróquia, conseguimos almoços no Jardim de Infância. Mexemo-nos na altura certa: antes das autárquicas. É preciso aproveitar...
Como vai reagir?
Tenho um nó na barriga. Não conhece ninguém. ´
Para se sentir bem acompanhado fiz-lhe a mochila e o saco da muda de roupa.
Para a mochila inspirei-me aqui e o saco é pura reciclagem: uns jeans rotos e camisas velhas
Depois de muitas negociações, com a Câmara, Junta de Freguesia e paróquia, conseguimos almoços no Jardim de Infância. Mexemo-nos na altura certa: antes das autárquicas. É preciso aproveitar...
18 setembro 2005
Coisas más
Coisas que me gelaram a alma:
Os palavrões gritados por professores, na Figueira da Foz. A quem entregamos nós os nossos filhos?????
Os cinco minutos que vi do "Sra D. lady". A imagem de homens de vestidos de noite cor de rosa...deixou-me os pelinhos todos em pé!!!
Os palavrões gritados por professores, na Figueira da Foz. A quem entregamos nós os nossos filhos?????
Os cinco minutos que vi do "Sra D. lady". A imagem de homens de vestidos de noite cor de rosa...deixou-me os pelinhos todos em pé!!!
17 setembro 2005
Coisas boas
Coisas novas que me aquecem a alma:
Estas meninas. Adivinhem lá qual é a minha favorita...
Paul Auster (eu sei, sou inculta. Nunca tinha lido).
Estas meninas. Adivinhem lá qual é a minha favorita...
Paul Auster (eu sei, sou inculta. Nunca tinha lido).
11 setembro 2005
Preparação para o ano lectivo
09 setembro 2005
Política do livro escolar
Os telejornais das tv´s portuguesas noticiam por épocas. Há a época do Natal, dos incêndios...dos livros escolares.
Neste país só se fala do escandaloso tema do manual escolar imediatamente antes do início do ano lectivo.
Por mim devia falar-se do assunto todo o ano. Eu falo. Falo num país de surdos.
Além do problema do preço, há a sua qualidade (pedagógica e científica), a sua mudança de 3 em 3 anos, inspiração de maus hábitos (escrever nos manuais, por ex.), etc, etc.
Não seria normal poderem passar duns irmãos para outros?
Não seria normal haver uma bolsa de livros nas escolas para empréstimo?
Não seria possível os livros duma mesma disciplina, não se dividirem em 3 tomos, para o preço triplicar?
Não seria possível os manuais estarem em vigor mais que 3 anos?
Não seria possível não incentivar os alunos a escrever nos manuais? Educando-os a estimar o livro?
Tudo isto é possível num país com o desenvolvimento económico como a Alemanha, não em Portugal!
Com os meus 4 filhos a frequentarem quatro níveis diferentes de ensino, o mês de Setembro apresenta-se sempre como Setembro Negro.
(Felizmente o mais pequeno ainda não precisa de manuais no pré-escolar, apenas de material perecível).
Neste país só se fala do escandaloso tema do manual escolar imediatamente antes do início do ano lectivo.
Por mim devia falar-se do assunto todo o ano. Eu falo. Falo num país de surdos.
Além do problema do preço, há a sua qualidade (pedagógica e científica), a sua mudança de 3 em 3 anos, inspiração de maus hábitos (escrever nos manuais, por ex.), etc, etc.
Não seria normal poderem passar duns irmãos para outros?
Não seria normal haver uma bolsa de livros nas escolas para empréstimo?
Não seria possível os livros duma mesma disciplina, não se dividirem em 3 tomos, para o preço triplicar?
Não seria possível os manuais estarem em vigor mais que 3 anos?
Não seria possível não incentivar os alunos a escrever nos manuais? Educando-os a estimar o livro?
Tudo isto é possível num país com o desenvolvimento económico como a Alemanha, não em Portugal!
Com os meus 4 filhos a frequentarem quatro níveis diferentes de ensino, o mês de Setembro apresenta-se sempre como Setembro Negro.
(Felizmente o mais pequeno ainda não precisa de manuais no pré-escolar, apenas de material perecível).
Política-1
Está a chover. Como prometi, tenho que falar de política!
Numa sondagem publicada hoje, há uma pergunta deveras coisa e tal: com quem eu preferia jantar, Mário Soares ou Cavaco Silva?
Os senhores da empresa de sondagens pensam, que eu não tenho ninguém interessante, com quem ir jantar?
Numa sondagem publicada hoje, há uma pergunta deveras coisa e tal: com quem eu preferia jantar, Mário Soares ou Cavaco Silva?
Os senhores da empresa de sondagens pensam, que eu não tenho ninguém interessante, com quem ir jantar?
06 setembro 2005
Exercício de imaginação
E se isto fosse em Fátima?
Eram pés de peregrinos. Mil pessoas. 1 000 indivíduos a pedir ajuda divina. Ajuda dum ser supremo. A ajuda humana (bushiana) não tem resultado.
Eram pés de peregrinos. Mil pessoas. 1 000 indivíduos a pedir ajuda divina. Ajuda dum ser supremo. A ajuda humana (bushiana) não tem resultado.
Continuação dos T.P.C.
05 setembro 2005
23 agosto 2005
Feira de São Mateus
A Feira de São Mateus deste ano está mais bonita.
Não é bem a feira em si mas o espaço. O local foi todo remodelado (ao abrigo do POLIS) e ficou muito bonito. Todo o espaço envolvente, com a Cava de Viriato ao lado, está digno duma visita. Vale a pena, e os miúdos adoram.
Quanto aos expositores já não posso louvar. Encontram-se barracas de belíssimo artesanato ao lado de barracas com artigos de loja dos 300.
Não habia nexexidade....
22 agosto 2005
09 agosto 2005
Animais
Não, não vou falar de política. Sobre isso falarei, se me apetecer, quando vier a chuva.
Na caixa de comentários apareceu um pedido para escrever sobre o Cantinho de Animais de Viseu.
Creio que se enganaram na porta. A minha posição sobre estes "cantinhos" é diferente da tida como politicamente correcta. Mas como a tasca é minha, aqui coloco o meu pescoço para os fundamentalistas dos apregoados direitos dos animais, se poderem banquetear.
Nasci e passei a infância nas florestas das Terras do Demo, a tratar por tu as raposas e os lobos do Aquilino Ribeiro. Cresci rodeada de animais. Dediquei parte da minha vida profissional a contribuir para que os produtos alimentares de origem animal, sejam melhores e mais baratos.
Entendo a natureza como um SER perfeito, onde tudo e todos têm o seu lugar específico. Onde tudo está interligado. Os animais têm aqui lugar de destaque. Os racionais e os irracionais.
Gosto e sempre gostei dos bichos. Partilharam e partilham a minha vida, a minha família. Neste momento vivem connosco uma gata, dois peixes e um amster. Há um ano atrás havia também uma cadela, com quem convivemos onze anos. Todos os meus gatos e cães foram adoptados. Todos da raça mais nobre - rafeiros puros. Um dia, quando for grande, gostava de adoptar um cão Terra Nova. Um dia, talvez... algum leitor amigo mo ofereça.
Quanto aos cantinhos, reconheço o trabalho meritório, altruísta e desinteressado dos dirigentes, não creio é que resolvam coisa nenhuma.
Quando os animais são abandonados e recolhidos por estes cantinhos, ficam ali à espera de novos donos. Quando estes não aparecem ficam ali até ao fim da vida. Isto resolve o quê? Nada. Os animais estão fechados, em espaços pouco próprios, apáticos, à espera... da morte. Não têm qualquer utilidade. Não têm uma vida digna, apenas vegetam. Eu defendo o seu abate. Não faz sentido alimentar e medicamentar estes animais. é demasiado caro e nada útil.
Já estou a ouvir, em coro de fundo: a ti é que devíamos abater.
Não se preocupem, eu defendo a eutanásia.
Não, eu não gosto de touradas, mas também não gosto de boxe, e não vou fundar nenhuma liga de defesa de boxers.
Não é fácil ter animais no corre-corre do dia a dia. Enquanto pequenos são queriduchos, fofinhos e dão muito trabalho. Eles roem, rabunham, escavam tudo o que os rodeia. E fazem cócó e xixi, todos os dias! Quantos donos de cães conhecem que apanham o dito?
Não se pode ter animais por moda, por ser in, tem que se gostar mesmo deles. Por isso tantos são abandonados. Como resolver? Da mesma maneira que se resolve a sinistralidade nas estradas portuguesas - educação, educação, e mais educação. Até lá, o poder autárquico, com as receitas dos nossos impostos, tem o dever de manter canis municipais e abates dos animais abandonados.
Não é a oferta de um pacote de ração que resolve o problema. Isso não resolve, protela.
Já agora: eu gosto mesmo de bichos. De quatro e de duas patas!
Na caixa de comentários apareceu um pedido para escrever sobre o Cantinho de Animais de Viseu.
Creio que se enganaram na porta. A minha posição sobre estes "cantinhos" é diferente da tida como politicamente correcta. Mas como a tasca é minha, aqui coloco o meu pescoço para os fundamentalistas dos apregoados direitos dos animais, se poderem banquetear.
Nasci e passei a infância nas florestas das Terras do Demo, a tratar por tu as raposas e os lobos do Aquilino Ribeiro. Cresci rodeada de animais. Dediquei parte da minha vida profissional a contribuir para que os produtos alimentares de origem animal, sejam melhores e mais baratos.
Entendo a natureza como um SER perfeito, onde tudo e todos têm o seu lugar específico. Onde tudo está interligado. Os animais têm aqui lugar de destaque. Os racionais e os irracionais.
Gosto e sempre gostei dos bichos. Partilharam e partilham a minha vida, a minha família. Neste momento vivem connosco uma gata, dois peixes e um amster. Há um ano atrás havia também uma cadela, com quem convivemos onze anos. Todos os meus gatos e cães foram adoptados. Todos da raça mais nobre - rafeiros puros. Um dia, quando for grande, gostava de adoptar um cão Terra Nova. Um dia, talvez... algum leitor amigo mo ofereça.
Quanto aos cantinhos, reconheço o trabalho meritório, altruísta e desinteressado dos dirigentes, não creio é que resolvam coisa nenhuma.
Quando os animais são abandonados e recolhidos por estes cantinhos, ficam ali à espera de novos donos. Quando estes não aparecem ficam ali até ao fim da vida. Isto resolve o quê? Nada. Os animais estão fechados, em espaços pouco próprios, apáticos, à espera... da morte. Não têm qualquer utilidade. Não têm uma vida digna, apenas vegetam. Eu defendo o seu abate. Não faz sentido alimentar e medicamentar estes animais. é demasiado caro e nada útil.
Já estou a ouvir, em coro de fundo: a ti é que devíamos abater.
Não se preocupem, eu defendo a eutanásia.
Não, eu não gosto de touradas, mas também não gosto de boxe, e não vou fundar nenhuma liga de defesa de boxers.
Não é fácil ter animais no corre-corre do dia a dia. Enquanto pequenos são queriduchos, fofinhos e dão muito trabalho. Eles roem, rabunham, escavam tudo o que os rodeia. E fazem cócó e xixi, todos os dias! Quantos donos de cães conhecem que apanham o dito?
Não se pode ter animais por moda, por ser in, tem que se gostar mesmo deles. Por isso tantos são abandonados. Como resolver? Da mesma maneira que se resolve a sinistralidade nas estradas portuguesas - educação, educação, e mais educação. Até lá, o poder autárquico, com as receitas dos nossos impostos, tem o dever de manter canis municipais e abates dos animais abandonados.
Não é a oferta de um pacote de ração que resolve o problema. Isso não resolve, protela.
Já agora: eu gosto mesmo de bichos. De quatro e de duas patas!
Disparates da ninhada
O mais pequenito da ninhada (3 aninhos risonhos e mal falados) dirige-se à mamã de fotografia em punho. Apontando os fotografados, vai descrevendo:
- "A mamã, a mana Ma'ta, a Tété, o Ad'é...
- Pois filhote, e atrás está um elefante, isto foi no Jardim Zoológico.
- O bébé Ale' num há...
- O Alex está aqui, na barriga da mamã."
Aponto para a evidente barriga de grávida da foto. Olha para mim espantado, olha para a foto, volto a explicar que ele estava, naquela altura, na minha barriga. Vai-se embora e arruma a foto.
Umas horas depois chega a mana grande. Vai disparado ter com ela, de foto na mão.
"Ma'ta, Ma'ta, Bébé num há, mamã comeu..."
E agora? Como é que eu saio desta?
A comer bébés ao pequeno almoço...
- "A mamã, a mana Ma'ta, a Tété, o Ad'é...
- Pois filhote, e atrás está um elefante, isto foi no Jardim Zoológico.
- O bébé Ale' num há...
- O Alex está aqui, na barriga da mamã."
Aponto para a evidente barriga de grávida da foto. Olha para mim espantado, olha para a foto, volto a explicar que ele estava, naquela altura, na minha barriga. Vai-se embora e arruma a foto.
Umas horas depois chega a mana grande. Vai disparado ter com ela, de foto na mão.
"Ma'ta, Ma'ta, Bébé num há, mamã comeu..."
E agora? Como é que eu saio desta?
A comer bébés ao pequeno almoço...
01 agosto 2005
Madonna
Ao folhear uma revista del corázon deparo-me com uma reportagem sobre a nova vida de Madonna.
Numa foto aparece vaporosamente vestida a dar comida às suas galinhas. (Alguém devia explicar à rapariga que o tamanho do cérebro dos galináceos não distingue alta costura!)
Atrás vislumbra-se a casinha, tipo um T35. Que inveja!!!
Depois com os filhos, lindos. Nas legendas leio que a rapariga agora está muito caseira, dedica-se à família, sai pouco, acabou a crazy girl. Depois uma foto com o marido.
Está tudo explicadinho! Com um marido daqueles não é muito conveniente andar para aí a mostrá-lo. Ele há muito mulherio invejoso...
Com um gato daqueles em casa toda a gente vira gata.... borralheira.
Numa foto aparece vaporosamente vestida a dar comida às suas galinhas. (Alguém devia explicar à rapariga que o tamanho do cérebro dos galináceos não distingue alta costura!)
Atrás vislumbra-se a casinha, tipo um T35. Que inveja!!!
Depois com os filhos, lindos. Nas legendas leio que a rapariga agora está muito caseira, dedica-se à família, sai pouco, acabou a crazy girl. Depois uma foto com o marido.
Está tudo explicadinho! Com um marido daqueles não é muito conveniente andar para aí a mostrá-lo. Ele há muito mulherio invejoso...
Com um gato daqueles em casa toda a gente vira gata.... borralheira.
25 julho 2005
Como eu gostava de escrever assim
A incrível leveza do ser
Lisboa não é uma cidade cosmopolita (e também não o é no sentido cultural, note-se) porque os seus habitantes são todos iguais ou quase todos iguais. A manta de retalhos tem poucas cores e menos variedade: além dos africanos, alguns brasileiros e imigrantes do antigo império soviético, os quais, curiosamente, ficam logo iguais aos portugueses no modo de vestir-se e comportar-se, visto que a pressão social de uma sociedade fechada como a nossa não tolera a excentricidade nem a diferença. (…) Japoneses de cabelo roxo, góticos alemães, senhoras distintas de cabelo louro cinza, cavalheiros de chapéu de chuva e gabardina em Agosto, caribenhos de pele de bronze e cabelo rasta, nórdicos desmaiados com borbulhas, nórdicas de cartaz turístico, americanos desastrados, loiros portadores de sandálias perenes (com peúga), argentinos de tez malte e olho traiçoeiro, brasileiros de amarelo e verde, chineses incompreensíveis, ingleses irrepreensíveis, raparigas de saia curta, rapazes esguedelhados, crianças d olhos pretos, crianças, de olhos azuis, crianças de todas as cores e feitios, e adultos de todos os feitios e cores, foi esta a variedade que vi em Londres e que vejo ainda em qualquer grande capital, deslizando pelos lugares como modelos numa passadeira utópica onde coubessem todos os formatos da humanidade. Em Portugal, e em Lisboa, existe a tolerância dos formatos, mas não a variedade nem a tolerância dos comportamentos. (…) A beleza também nos irrita, e não é pouco. A beleza é um valor espiritual, quer queiramos quer não, mas, ninguém está disposto a admitir tal verdade, porque beleza tem de ser aliada da estupidez, da ambição, da tontice e, afinal de contas, um sinal de menoridade, um sinal de aleijados e, sobretudo, aleijadas. Uma mulher bonita incomoda muita gente, como os elefantes, o que até é compreensível, porque, de um modo geral, se excluirmos as novas gerações de adolescentes bem nutridos, os portugueses, e as portuguesas, não se caracterizam pela grande beleza. Deus fez os italianos e depois guardou o molde bem guardado. A beleza e a inteligência são o supino irritante da pele mesquinha, tenhamos cuidado. Poucas cidades no mundo são tão obcecadas com o sexo como Berlim. Vêem-se vestidos decotados, saltos de dominatrix, decotes arrevesados e trapos com pedaços de metal incorporados. Vêem-se lantejoulas e missangas, tecidos transparentes e joalharia espampanante, saltos-agulha e botas de biqueira, vernizes e indiscrição a rodos. (…) Foi em Berlim que a semente da democracia e dos princípios libertadores dos americanos gerou a sua planta mais vigorosa, uma sociedade culta e tolerante, educada nos valores da universalidade e do cosmopolitismo, sabendo que a negação do Outro gera o gulag e o campo de concentração, o extermínio e a separação, o Muro e a vergonha histórica. Um dia, todas as cidades serão feitas desta maneira. Um dia, Lisboa sairá da sua soturnidade melancólica e descobrirá que existe uma vida para além do nosso preconceito.
Clara Ferreira Alves
Pluma Caprichosa, in Expresso.
(Mais não digo, porque está tudo dito!)
Lisboa não é uma cidade cosmopolita (e também não o é no sentido cultural, note-se) porque os seus habitantes são todos iguais ou quase todos iguais. A manta de retalhos tem poucas cores e menos variedade: além dos africanos, alguns brasileiros e imigrantes do antigo império soviético, os quais, curiosamente, ficam logo iguais aos portugueses no modo de vestir-se e comportar-se, visto que a pressão social de uma sociedade fechada como a nossa não tolera a excentricidade nem a diferença. (…) Japoneses de cabelo roxo, góticos alemães, senhoras distintas de cabelo louro cinza, cavalheiros de chapéu de chuva e gabardina em Agosto, caribenhos de pele de bronze e cabelo rasta, nórdicos desmaiados com borbulhas, nórdicas de cartaz turístico, americanos desastrados, loiros portadores de sandálias perenes (com peúga), argentinos de tez malte e olho traiçoeiro, brasileiros de amarelo e verde, chineses incompreensíveis, ingleses irrepreensíveis, raparigas de saia curta, rapazes esguedelhados, crianças d olhos pretos, crianças, de olhos azuis, crianças de todas as cores e feitios, e adultos de todos os feitios e cores, foi esta a variedade que vi em Londres e que vejo ainda em qualquer grande capital, deslizando pelos lugares como modelos numa passadeira utópica onde coubessem todos os formatos da humanidade. Em Portugal, e em Lisboa, existe a tolerância dos formatos, mas não a variedade nem a tolerância dos comportamentos. (…) A beleza também nos irrita, e não é pouco. A beleza é um valor espiritual, quer queiramos quer não, mas, ninguém está disposto a admitir tal verdade, porque beleza tem de ser aliada da estupidez, da ambição, da tontice e, afinal de contas, um sinal de menoridade, um sinal de aleijados e, sobretudo, aleijadas. Uma mulher bonita incomoda muita gente, como os elefantes, o que até é compreensível, porque, de um modo geral, se excluirmos as novas gerações de adolescentes bem nutridos, os portugueses, e as portuguesas, não se caracterizam pela grande beleza. Deus fez os italianos e depois guardou o molde bem guardado. A beleza e a inteligência são o supino irritante da pele mesquinha, tenhamos cuidado. Poucas cidades no mundo são tão obcecadas com o sexo como Berlim. Vêem-se vestidos decotados, saltos de dominatrix, decotes arrevesados e trapos com pedaços de metal incorporados. Vêem-se lantejoulas e missangas, tecidos transparentes e joalharia espampanante, saltos-agulha e botas de biqueira, vernizes e indiscrição a rodos. (…) Foi em Berlim que a semente da democracia e dos princípios libertadores dos americanos gerou a sua planta mais vigorosa, uma sociedade culta e tolerante, educada nos valores da universalidade e do cosmopolitismo, sabendo que a negação do Outro gera o gulag e o campo de concentração, o extermínio e a separação, o Muro e a vergonha histórica. Um dia, todas as cidades serão feitas desta maneira. Um dia, Lisboa sairá da sua soturnidade melancólica e descobrirá que existe uma vida para além do nosso preconceito.
Clara Ferreira Alves
Pluma Caprichosa, in Expresso.
(Mais não digo, porque está tudo dito!)
22 julho 2005
20 julho 2005
Regresso
O que é bom acaba depressa. Não se regozijem seus invejosos! A esta semana de trabalho segue-se outra de férias.
Na Sexta feira telefonou-me a professora do 2º ano da escola da minha filhota mais pequena, muito alterada, a exigir a entrega imediata da acta da dita reunião. Respondi-lhe que lhe tinha dado a cópia da acta quando ela a assinou. Desligou sem uma palavra de explicação, um obrigado, desculpe ou adeus.
À noite ligou-me o presidente da Associação de Pais a perguntar se podia estar em Viseu na Segunda feira. A inspecção escolar tinha marcado uma audição, no âmbito da queixa contra a professora, apresentada pela encarregada de educação de uma aluna do 2º ano. Compreendi a alteração da senhora.
Como relatei aqui fiquei muito incomodada com o que se passou nessa reunião. Depois de redigir a acta passei-a para ir sendo assinada pelos presentes. Como é habitual nestas situações, demorou bastante a recolher todas as assinaturas. Uma das últimas (um mês depois) foi a mãe da menina epiléptica. Na ocasião perguntei-lhe se os problemas estavam resolvidos com a filha e a professora. A senhora olhou para mim com um olhar triste e disse-me que não. Apesar de nunca mais ter batido nas crianças, tinha passado a humilhá-las. A filha era um dos alvos preferidos, talvez por a mãe e o pai, a terem denunciado tão veementemente na reunião. A criança não estava bem. Nessa semana ia ter uma consulta médica regular de acompanhamento e depois veria se tirava ou não a filha desta escola.
Ofereci-me para a ajudar e dei-lhe o meu número de telefone. Nessa semana telefonou-me. A chorar. Os médicos que acompanham a menina desde os 3 meses, um psicólogo e um neurologista, diagnosticaram-lhe uma depressão. Tinha um relatório médico a comprovar. Queria apresentar queixa contra a professora só que não sabia como e onde. Foi dizendo que só tem a 4ª classe.
Acalmei-a.
No dia seguinte reunimos todos os documentos,relatórios médicos, avaliações, acta da reunião, descrevemos o ano lectivo e enviámos para a Direcção Regional de Educação. E...em 15 dias está cá a inspecção.
O resultado? Segundo a inspectora lá para Setembro.
Na Sexta feira telefonou-me a professora do 2º ano da escola da minha filhota mais pequena, muito alterada, a exigir a entrega imediata da acta da dita reunião. Respondi-lhe que lhe tinha dado a cópia da acta quando ela a assinou. Desligou sem uma palavra de explicação, um obrigado, desculpe ou adeus.
À noite ligou-me o presidente da Associação de Pais a perguntar se podia estar em Viseu na Segunda feira. A inspecção escolar tinha marcado uma audição, no âmbito da queixa contra a professora, apresentada pela encarregada de educação de uma aluna do 2º ano. Compreendi a alteração da senhora.
Como relatei aqui fiquei muito incomodada com o que se passou nessa reunião. Depois de redigir a acta passei-a para ir sendo assinada pelos presentes. Como é habitual nestas situações, demorou bastante a recolher todas as assinaturas. Uma das últimas (um mês depois) foi a mãe da menina epiléptica. Na ocasião perguntei-lhe se os problemas estavam resolvidos com a filha e a professora. A senhora olhou para mim com um olhar triste e disse-me que não. Apesar de nunca mais ter batido nas crianças, tinha passado a humilhá-las. A filha era um dos alvos preferidos, talvez por a mãe e o pai, a terem denunciado tão veementemente na reunião. A criança não estava bem. Nessa semana ia ter uma consulta médica regular de acompanhamento e depois veria se tirava ou não a filha desta escola.
Ofereci-me para a ajudar e dei-lhe o meu número de telefone. Nessa semana telefonou-me. A chorar. Os médicos que acompanham a menina desde os 3 meses, um psicólogo e um neurologista, diagnosticaram-lhe uma depressão. Tinha um relatório médico a comprovar. Queria apresentar queixa contra a professora só que não sabia como e onde. Foi dizendo que só tem a 4ª classe.
Acalmei-a.
No dia seguinte reunimos todos os documentos,relatórios médicos, avaliações, acta da reunião, descrevemos o ano lectivo e enviámos para a Direcção Regional de Educação. E...em 15 dias está cá a inspecção.
O resultado? Segundo a inspectora lá para Setembro.
18 julho 2005
Apontamentos com areia no bikini
Porque o tempo é necessário para outras coisas, deixo apenas duas notas. Notas negativas.
1. Confirmo, apalermada, que o relatório, amplamente divulgado, sobre a obesidade das crianças portuguesas, corresponde à verdade.
Choca-me ver crianças de 8,9,10 anos com dificuldade em movimentar-se tal o grau de obesidade! Onde começa a responsabilidades destes pais?
2. A inconsiência duma parte substancial de portugueses fará parte do nosso código genético?
Eu explico. Todos os dias, por volta das 11h 30m, quando arrasto a ninhada para casa, para a proteger do sol, cruzo-me com famílias inteiras em sentido contrário. Arrastam lancheiras, crianças, guarda sois (às vezes) e abancam na praia na hora da torreira.
Quando regresso, depois do sono bem dormido dos mais pequenos e bom lanche, às 17h, encontro-os novamente em sentido contrário. Regressam torrados, desidratados, as crianças com birras de cair pró lado.
Valha-nos Santa Maria da Agrela. Porquê? Porque não há outra como ela!
1. Confirmo, apalermada, que o relatório, amplamente divulgado, sobre a obesidade das crianças portuguesas, corresponde à verdade.
Choca-me ver crianças de 8,9,10 anos com dificuldade em movimentar-se tal o grau de obesidade! Onde começa a responsabilidades destes pais?
2. A inconsiência duma parte substancial de portugueses fará parte do nosso código genético?
Eu explico. Todos os dias, por volta das 11h 30m, quando arrasto a ninhada para casa, para a proteger do sol, cruzo-me com famílias inteiras em sentido contrário. Arrastam lancheiras, crianças, guarda sois (às vezes) e abancam na praia na hora da torreira.
Quando regresso, depois do sono bem dormido dos mais pequenos e bom lanche, às 17h, encontro-os novamente em sentido contrário. Regressam torrados, desidratados, as crianças com birras de cair pró lado.
Valha-nos Santa Maria da Agrela. Porquê? Porque não há outra como ela!
06 julho 2005
Férias
É bom estar de férias!!!!!!
Não sabiam? Hi,hi,hi...
O tempo está óptimo, a água fresquinha, molhadinha, transparente.
A ninhada está a 3/4. A filhota grande está no Porto a estudar e a fazer exames.
Os outros estão felizes. Os pequenotes não saem da água e já estão com um bronzeado bonito.
O rapaz grande já pescou muitos barbos, bordalos e bogas. Trutas ainda não viu nenhuma. Descobrimos uma receita de isco infalível! Sim, descobrimos no plural. Ele deu umas dicas e eu fabriquei. Inventei. O certo é que nunca antes pescou tanto!
O papá já está... vermelho (torrado). Estes loiros sem pigmentação é no que dá. Nunca se bronzeiam, na melhor das hipóteses vermelham. Ainda bem que os morenos são dominantes. Geneticamente falando, claro. Embora dois filhotes sejam loiros e de pele clara, bronzeiam-se bem.
Eu tenho descansado. Já li um policial e o livro da Gaby Haptmnan (grande porcaria!), fiz um bikini em crochet para a pitotes e elásticos para o cabelo para todo o mulherio.
Ah, já me esquecia, tenho nadado bastante. Fazer de lagarto não é o meu hoby...
Voltarei...
Não sabiam? Hi,hi,hi...
O tempo está óptimo, a água fresquinha, molhadinha, transparente.
A ninhada está a 3/4. A filhota grande está no Porto a estudar e a fazer exames.
Os outros estão felizes. Os pequenotes não saem da água e já estão com um bronzeado bonito.
O rapaz grande já pescou muitos barbos, bordalos e bogas. Trutas ainda não viu nenhuma. Descobrimos uma receita de isco infalível! Sim, descobrimos no plural. Ele deu umas dicas e eu fabriquei. Inventei. O certo é que nunca antes pescou tanto!
O papá já está... vermelho (torrado). Estes loiros sem pigmentação é no que dá. Nunca se bronzeiam, na melhor das hipóteses vermelham. Ainda bem que os morenos são dominantes. Geneticamente falando, claro. Embora dois filhotes sejam loiros e de pele clara, bronzeiam-se bem.
Eu tenho descansado. Já li um policial e o livro da Gaby Haptmnan (grande porcaria!), fiz um bikini em crochet para a pitotes e elásticos para o cabelo para todo o mulherio.
Ah, já me esquecia, tenho nadado bastante. Fazer de lagarto não é o meu hoby...
Voltarei...
01 julho 2005
Mudança de visual
Ontem deu-me para experiências.
A cabeleireira onde costumo cortar o cabelo e fazer a depilação (ui, ai), já várias vezes mo tinha sugerido. Ontem estava cheia de coragem, aceitei.
Comentário do filho grande:
"Até nem te fica mal! Vais de férias disfarçada de cenoura!!!!"
Então vou de férias... sempre que conseguir passo por cá.
Boaaaaass Fééérias per tutti
A cabeleireira onde costumo cortar o cabelo e fazer a depilação (ui, ai), já várias vezes mo tinha sugerido. Ontem estava cheia de coragem, aceitei.
Comentário do filho grande:
"Até nem te fica mal! Vais de férias disfarçada de cenoura!!!!"
Então vou de férias... sempre que conseguir passo por cá.
Boaaaaass Fééérias per tutti
29 junho 2005
FÉRIAS
Para a semana começam as férias.
YUUUPIIIIII
Há que preparar as coisas. Muitos calções, t'shirts, calças de ganga, mini saias (para as filhotas), cd's e...livros.
Não, não ponho a leitura em dia nas férias. Eu leio sempre, a qualquer hora e em qualquer lugar.
Nas férias só leio coisas que realmente me divirtam. Não me imagino a ler "A Montanha Mágica" coberta de bronzeador. Ou a interromper "Eu hei-de amar uma pedra" ao ouvir:"mamã, mamããã, vem ajudar-me a apanhar peixinhos".
Este próximo mês vai ser intercalado com leituras de ficção científica, policiais e coisas potencialmente divertidas.
Aceito sugestões.
Vou só avisando que não gosto de Margarida Rebelo Pinto nem de Paulo Coelho.
Ontem já fui à biblioteca municipal para me abastecer mas, não encontrei grande coisa. Só trouxe umas coisas para a filhota mais pequena e um livro da Gaby Hauptmann. Uma escritora alemã autora daquele livro divertidíssimo "Mulher Procura Homem Impotente para Relacionamento Sério". Este também tem um título deveras sugestivo: "Um amante a mais ainda sabe a pouco".
Quanto a ficção científica não encontrei nada de novo. Amanhão vou à feira do livro.
Policiais ainda tenho que procurar. Mas desses sei que há bastantes na biblioteca.
Já cheira mesmo a férias...
YUUUPIIIIII
Há que preparar as coisas. Muitos calções, t'shirts, calças de ganga, mini saias (para as filhotas), cd's e...livros.
Não, não ponho a leitura em dia nas férias. Eu leio sempre, a qualquer hora e em qualquer lugar.
Nas férias só leio coisas que realmente me divirtam. Não me imagino a ler "A Montanha Mágica" coberta de bronzeador. Ou a interromper "Eu hei-de amar uma pedra" ao ouvir:"mamã, mamããã, vem ajudar-me a apanhar peixinhos".
Este próximo mês vai ser intercalado com leituras de ficção científica, policiais e coisas potencialmente divertidas.
Aceito sugestões.
Vou só avisando que não gosto de Margarida Rebelo Pinto nem de Paulo Coelho.
Ontem já fui à biblioteca municipal para me abastecer mas, não encontrei grande coisa. Só trouxe umas coisas para a filhota mais pequena e um livro da Gaby Hauptmann. Uma escritora alemã autora daquele livro divertidíssimo "Mulher Procura Homem Impotente para Relacionamento Sério". Este também tem um título deveras sugestivo: "Um amante a mais ainda sabe a pouco".
Quanto a ficção científica não encontrei nada de novo. Amanhão vou à feira do livro.
Policiais ainda tenho que procurar. Mas desses sei que há bastantes na biblioteca.
Já cheira mesmo a férias...
27 junho 2005
Adolescência
Todos sabemos a altura exacta do seu início.
Se não soubermos com exactidão podemos sempre consultar os especialistas.
Existem resmas, paletes, de livros publicados sobre o assunto.
Mas a minha questão, neste momento, é quando acaba.
Conheço por aí uns quarentões e quarentonas que, se não estão na adolescência,
disfarçam muito bem...
E os meus filhotes grandes? Quando é que isto acaba?
É que a minha paciência tem limites de duração!
Se não soubermos com exactidão podemos sempre consultar os especialistas.
Existem resmas, paletes, de livros publicados sobre o assunto.
Mas a minha questão, neste momento, é quando acaba.
Conheço por aí uns quarentões e quarentonas que, se não estão na adolescência,
disfarçam muito bem...
E os meus filhotes grandes? Quando é que isto acaba?
É que a minha paciência tem limites de duração!
24 junho 2005
Festas de fim de ano lectivo
Estou a ficar velha! Ou então não sou desta época.
Eu explico.
O último hit, pelo menos aqui em Viseu, é fazer grandes festas de fim de ano, nas escolas.
E assim, nos infantários, armam-se os finalistas, criancinhas de três (3) anos, de cartolas, fitas pintadas pelos familiares, convidam-se família, amigos, vizinhos e o cão (este não sei se pode entrar) e faz-se uma grande festa! Munidos de máquinas de filmar, fotografar e mais o fotógrafo convidado prudentemente (ou talvez não!) pelas educadoras, toca a registar o momento solene de entronização do menino nas lides dos finalistas.
Nas escolas primárias organizam-se pomposos livros de fim de curso (4º ano ou a antiga 4ª classe!). Vestem-se as criancinhas a rigor, ensaia-se com o padre da paróquia, em conjunto com as professoras das escolas públicas, uma grande missa de benção dos livros. Convidam-se pais, avós, tios, padrinhos (a minha gata não recebeu convite) e lá vai tudo engalanado assistir à tal benção de não sei o quê.
Oh meu deus!!!
Se o ridículo matasse, isto por aqui, estava pior que o campo depois da batalha das Ardenas...
Eu explico.
O último hit, pelo menos aqui em Viseu, é fazer grandes festas de fim de ano, nas escolas.
E assim, nos infantários, armam-se os finalistas, criancinhas de três (3) anos, de cartolas, fitas pintadas pelos familiares, convidam-se família, amigos, vizinhos e o cão (este não sei se pode entrar) e faz-se uma grande festa! Munidos de máquinas de filmar, fotografar e mais o fotógrafo convidado prudentemente (ou talvez não!) pelas educadoras, toca a registar o momento solene de entronização do menino nas lides dos finalistas.
Nas escolas primárias organizam-se pomposos livros de fim de curso (4º ano ou a antiga 4ª classe!). Vestem-se as criancinhas a rigor, ensaia-se com o padre da paróquia, em conjunto com as professoras das escolas públicas, uma grande missa de benção dos livros. Convidam-se pais, avós, tios, padrinhos (a minha gata não recebeu convite) e lá vai tudo engalanado assistir à tal benção de não sei o quê.
Oh meu deus!!!
Se o ridículo matasse, isto por aqui, estava pior que o campo depois da batalha das Ardenas...
O ano lectivo acabou!
Urra!
Correu bem. Os filhotes portaram-se bem. A mais velha ainda está em exames, mas estão a correr bem, diz ela.
A pequenita acabou o 1º ano. Já sabe ler (muito bem, acho eu),escrever, somar, subtrair e as tabuadas até ao 5.
O filhote grande acabou, com êxito, o 11º ano. As notas baixaram um pouco em relação ao ano anterior mas, não são más de todo. A excepção é a filosofia, onde passa à tangente. Eu não entendo muito bem como é que um aluno de 16 a português não consegue mais de 9 a filosofia, mas o pai diz que sai a ele! Para o ano temos os temíveis exames do 12º.
O caçulinha, tal como já tinha referido em http://filhosecadilhos.blogspot.com/2005/06/infantrio.html, foi admitido num infantário público. O que tinha escolhido como última hipótese. É longe (relativamente), não conhece lá ninguém e, o pior, não tem refeições. Isto implica muita ginástica de moi e pai. Talvez só fique da parte da manhã.
Correu bem. Os filhotes portaram-se bem. A mais velha ainda está em exames, mas estão a correr bem, diz ela.
A pequenita acabou o 1º ano. Já sabe ler (muito bem, acho eu),escrever, somar, subtrair e as tabuadas até ao 5.
O filhote grande acabou, com êxito, o 11º ano. As notas baixaram um pouco em relação ao ano anterior mas, não são más de todo. A excepção é a filosofia, onde passa à tangente. Eu não entendo muito bem como é que um aluno de 16 a português não consegue mais de 9 a filosofia, mas o pai diz que sai a ele! Para o ano temos os temíveis exames do 12º.
O caçulinha, tal como já tinha referido em http://filhosecadilhos.blogspot.com/2005/06/infantrio.html, foi admitido num infantário público. O que tinha escolhido como última hipótese. É longe (relativamente), não conhece lá ninguém e, o pior, não tem refeições. Isto implica muita ginástica de moi e pai. Talvez só fique da parte da manhã.
22 junho 2005
Viver em Viseu
Gosto de viver em Viseu. Escolhi, com a família, viver aqui e estamos satisfeitos.
Uns dias mais, outros menos.
As razões deste gostar são variadas:
- a qualidade de vida,
- a beleza da cidade e paisagens envolventes,
- o verde sempre presente e os inúmeros jardins bem cuidados,
- a calma do dia a dia,
- o demorar 20 minutos a atravesar a cidade, em hora de ponta,
- as crianças ainda poderem brincar na rua,
- etc, etc.
Mas hoje quero falar dum motivo muito especial. O aroma da cidade, nesta altura do ano.
Viseu tem árvores, muitas árvores, em todos os parques, pequenos e grandes,e nos passeios de todos os bairros. Grande parte destas árvores são tílias (Tilia Cordata Mill). Tílias enormes que florescem nesta altura do ano. A flor de tília tem um aroma intenso e delicioso. É este perfume que cobre, totalmente, a cidade.
Apetece abrir todas as janelas e apreciar.
Amigos, deixo-vos a sugestão, venham visitar Viseu neste fim de semana.
p.s. é conveniente não sofrer de alergias ao pólen
Uns dias mais, outros menos.
As razões deste gostar são variadas:
- a qualidade de vida,
- a beleza da cidade e paisagens envolventes,
- o verde sempre presente e os inúmeros jardins bem cuidados,
- a calma do dia a dia,
- o demorar 20 minutos a atravesar a cidade, em hora de ponta,
- as crianças ainda poderem brincar na rua,
- etc, etc.
Mas hoje quero falar dum motivo muito especial. O aroma da cidade, nesta altura do ano.
Viseu tem árvores, muitas árvores, em todos os parques, pequenos e grandes,e nos passeios de todos os bairros. Grande parte destas árvores são tílias (Tilia Cordata Mill). Tílias enormes que florescem nesta altura do ano. A flor de tília tem um aroma intenso e delicioso. É este perfume que cobre, totalmente, a cidade.
Apetece abrir todas as janelas e apreciar.
Amigos, deixo-vos a sugestão, venham visitar Viseu neste fim de semana.
p.s. é conveniente não sofrer de alergias ao pólen
20 junho 2005
Queridos amigos alfacinhas
expliquem aqui a esta beirã de cepa rija
(tem dias), a que pelouro da C.M. de Lisboa,
é candidato o puto do meu conterrâneo Manuel Maria.
Do fraldário?
(tem dias), a que pelouro da C.M. de Lisboa,
é candidato o puto do meu conterrâneo Manuel Maria.
Do fraldário?
Enguiço espanhol
Yo no creo em brujas, pero que las hay...las hay!!!
Foi o que me apeteceu dizer na Sexta feira à tarde.
O maridão começou a sentir um mal estar. Rapidamente passou a dor
e, à noitinha, já era cólica. Renal.
Medicação, muitos líquidos e repouso.
Salamanca? Fica para a próxima.
Foi o que me apeteceu dizer na Sexta feira à tarde.
O maridão começou a sentir um mal estar. Rapidamente passou a dor
e, à noitinha, já era cólica. Renal.
Medicação, muitos líquidos e repouso.
Salamanca? Fica para a próxima.
17 junho 2005
Anos
do maridão. No Domingo. Vamos celebrá-lo a Salamanca.
Quando nos conhecemos irritaste-me. Mal sabias o meu nome e perguntaste-me, logo, se tinha namorado. Respondi-te algo do género "que tens tu a ver com isso? E tu tens?". Respondeste, com a tua calma habitual e o teu profundo olhar azul, "tenho mais ou menos uma namorada, e tu tens ou não?". Tinha.
Depois...bem, depois fizemos tudo ao contrário. Primeiro fomos amigos. Deixávamos os namorados/as a estudar(?) e íamos ao cinema, jantar, concertos, jogar noites inteiras de canasta.
Depois fomos namorados...vivemos juntos...tivemos uma filha...casámos e tivemos mais quatro filhos. Já lá vão 23 anos juntos.
Comigo deixaste o teu país, a tua família. Aprendeste uma nova língua,estranhaste a cultura, os costumes, a gastronomia. Aprendeste a comer sardinha assada, a gostar de paisagens diferentes, do mar.
Mas ainda não compreendes porque é que marcamos hora, se chegamos sempre atrasados.
Juntos já rimos muito, viajámos bastante, chorámos também.
Aturas-me as minhas impaciências, o mau acordar (sem falar no mau feitio).
És um pai sempre presente, e coruja, desde a concepção. Deixas que os piolhos te dêem a volta quando consideras razoável. Pouco transigente em matéria de princípios.
Caminhamos juntos nesta via a seis. Partilhando.
Kotatko,
vse nejlepsí k nározeninám
Miluiji Te
Quando nos conhecemos irritaste-me. Mal sabias o meu nome e perguntaste-me, logo, se tinha namorado. Respondi-te algo do género "que tens tu a ver com isso? E tu tens?". Respondeste, com a tua calma habitual e o teu profundo olhar azul, "tenho mais ou menos uma namorada, e tu tens ou não?". Tinha.
Depois...bem, depois fizemos tudo ao contrário. Primeiro fomos amigos. Deixávamos os namorados/as a estudar(?) e íamos ao cinema, jantar, concertos, jogar noites inteiras de canasta.
Depois fomos namorados...vivemos juntos...tivemos uma filha...casámos e tivemos mais quatro filhos. Já lá vão 23 anos juntos.
Comigo deixaste o teu país, a tua família. Aprendeste uma nova língua,estranhaste a cultura, os costumes, a gastronomia. Aprendeste a comer sardinha assada, a gostar de paisagens diferentes, do mar.
Mas ainda não compreendes porque é que marcamos hora, se chegamos sempre atrasados.
Juntos já rimos muito, viajámos bastante, chorámos também.
Aturas-me as minhas impaciências, o mau acordar (sem falar no mau feitio).
És um pai sempre presente, e coruja, desde a concepção. Deixas que os piolhos te dêem a volta quando consideras razoável. Pouco transigente em matéria de princípios.
Caminhamos juntos nesta via a seis. Partilhando.
Kotatko,
vse nejlepsí k nározeninám
Miluiji Te
Gabriela, meu amor
Cinco anos sem ti,
de braços vazios de ti
de coração cheio
de amor
por ti
Um beijo, Meu Amor
de braços vazios de ti
de coração cheio
de amor
por ti
Um beijo, Meu Amor
15 junho 2005
Quem sai aos seus...
Os filhotes grandes, adolescentes quase adultos, estão na fase da independência.
De conquistar a sua, afirmar-se.
Os pais que aguentem!
No fim de semana prolongado, do feriado do Corpo de Deus, tinhamos programado ir
a Santiago de Compostela. Na semana anterior a filhota grande anunciou que ia ao
Super Rock Super Bock com o namorado.
"Ó menina, nós tínhamos combinado ir a Espanha.
O H. comprou os bilhetes e, por nada do mundo, vou perder os Prodigy."
Não fomos a Santiago. No fim de semana passado não "pode" ir connosco,
para a casa de férias,porque tinha muito que estudar e de ir a uns anos com o namorado...
Que pena os meus pais não estarem cá, para poderem saborear a pequena vingança...
Aos dezanove anos?
Também passei por Genebra...
De conquistar a sua, afirmar-se.
Os pais que aguentem!
No fim de semana prolongado, do feriado do Corpo de Deus, tinhamos programado ir
a Santiago de Compostela. Na semana anterior a filhota grande anunciou que ia ao
Super Rock Super Bock com o namorado.
"Ó menina, nós tínhamos combinado ir a Espanha.
O H. comprou os bilhetes e, por nada do mundo, vou perder os Prodigy."
Não fomos a Santiago. No fim de semana passado não "pode" ir connosco,
para a casa de férias,porque tinha muito que estudar e de ir a uns anos com o namorado...
Que pena os meus pais não estarem cá, para poderem saborear a pequena vingança...
Aos dezanove anos?
Também passei por Genebra...
14 junho 2005
T.P.C. da prof. Anna^
A minha querida amiga Aninhas tinha que me pregar uma partida. Vamos lá então a isso...
A minha relação com a música é uma relação de porque sim. Já alguém me disse que eu sou musicalmente surda...Não distingo uma nota. Quando eu canto algo, (sim porque EU canto, embora os outros achem que não)toda a gente me manda calar. Até a gata me olha de lado...Mas eu gosto de música. Muito. Particularmente de música clássica, Vivaldi (As 4 Estações levam-me ao sétimo céu), Smetana (Má Vlast), Dvorak, e deliro com jazz. Porquê? Porque sim. Gosto dos improvisos do jazz. Correspondendo à minha surdez musical não sou entendida.
1-Tamanho Total dos arquivos no computador (apenas da música):
*Não faço a mínima...para isso tenha a equipa de escravos...
2-Último disco que comprei:
Já não compro, os escravos sacam...
Mas, na última passagem por Praga, assisti a um concerto de jazz e gostei tanto
que comprei o cd deles
Solitude - Eva Emingerová
3-Canção que estou a escutar agora:
Paco de Lucia - umas guitarradas( não sei como se chama e não me vais obrigar a ir espreitar).
4- 5 canções que oiço frequentemente ou que têm algum significado especial para mim:
Quatro Estações de Vivaldi, em particular a Primavera
Pink Floyd - tudo
Ella Fitzgerald - tudo o que apareça
Duke Ellington - idem
Chico Buarque - Cálice (porque sim)
5-Lanço o testemunho a 5 bloggers:
Não lanço. Quem quiser que se sirva.
A minha relação com a música é uma relação de porque sim. Já alguém me disse que eu sou musicalmente surda...Não distingo uma nota. Quando eu canto algo, (sim porque EU canto, embora os outros achem que não)toda a gente me manda calar. Até a gata me olha de lado...Mas eu gosto de música. Muito. Particularmente de música clássica, Vivaldi (As 4 Estações levam-me ao sétimo céu), Smetana (Má Vlast), Dvorak, e deliro com jazz. Porquê? Porque sim. Gosto dos improvisos do jazz. Correspondendo à minha surdez musical não sou entendida.
1-Tamanho Total dos arquivos no computador (apenas da música):
*Não faço a mínima...para isso tenha a equipa de escravos...
2-Último disco que comprei:
Já não compro, os escravos sacam...
Mas, na última passagem por Praga, assisti a um concerto de jazz e gostei tanto
que comprei o cd deles
Solitude - Eva Emingerová
3-Canção que estou a escutar agora:
Paco de Lucia - umas guitarradas( não sei como se chama e não me vais obrigar a ir espreitar).
4- 5 canções que oiço frequentemente ou que têm algum significado especial para mim:
Quatro Estações de Vivaldi, em particular a Primavera
Pink Floyd - tudo
Ella Fitzgerald - tudo o que apareça
Duke Ellington - idem
Chico Buarque - Cálice (porque sim)
5-Lanço o testemunho a 5 bloggers:
Não lanço. Quem quiser que se sirva.
13 junho 2005
09 junho 2005
Vou descansar
digo eu sempre que vamos para a casa de férias.
Nunca é verdade, mas sempre é um trabalho diferente.
Temos uma casa velha, em Fráguas, uma aldeia lindíssima
a desaguar no rio Paiva, a seis quilómetros da sua nascente,
considerado o rio mais limpo da Europa.
Tem praia fluvial, trutas e robalos, freixos,carvalhos e castanheiros frondosos.
As paisagens são de arrasar.
Então qual é o problema? É preciso limpar a casa, cozinhar, levar a comida toda,
porque lá não há nem uma mercearia...
Eu adoro na mesma!!!
Bom fim de semana. Portem-se mal! Eu vou tentar.
Nunca é verdade, mas sempre é um trabalho diferente.
Temos uma casa velha, em Fráguas, uma aldeia lindíssima
a desaguar no rio Paiva, a seis quilómetros da sua nascente,
considerado o rio mais limpo da Europa.
Tem praia fluvial, trutas e robalos, freixos,carvalhos e castanheiros frondosos.
As paisagens são de arrasar.
Então qual é o problema? É preciso limpar a casa, cozinhar, levar a comida toda,
porque lá não há nem uma mercearia...
Eu adoro na mesma!!!
Bom fim de semana. Portem-se mal! Eu vou tentar.
08 junho 2005
Museu Grão Vasco
O Museu Grão Vasco é um ex libris de Viseu.
Situado junto à Sé, recentemente reconstruído com um belíssimo
projecto do arquitecto Souto Moura, guarda e expõe, entre muitas outras,
as famosas obras de Vasco Fernandes, o célebre Grão vasco.
Há oito anos atrás eu tinha vergonha de mostrar este nosso
museu aos amigos que me visitavam. Não tinha a apresentação
dum museu, era mais um depositário de obras de arte. A iluminação era péssima,
a organização da colecção idem, as funcionárias faziam crochet sentadas
nas cadeiras. Os visitantes eram poucos.
Nestes últimos sete anos Dalila Rodrigues, uma conterrânea
e a directora então escolhida, imprimiu-lhe uma dinâmica nova,
desempoeirada, trouxe exposições, organizou festas, encheu o
museu de gente. Agora foi fazer isto mesmo para Lisboa, para o Museu de
Arte Antiga. Tenho a certeza que fará um óptimo trabalho,
e desejo-lhe, desde já, muitos êxitos.
No dia 2 de Maio assumiu funções a nova directora do Museu. Creio que deve ter
batido algum record, pois em tão pouco tempo, já conseguiu causar mais
polémica que Dalila conseguiu em sete anos. Ana Paula Abrantes cancelou
todas as intervenções e exposições organizadas pela direcção cessante para
o Dia Nacional do Museus, a realizar a 14 de Maio. A explicação que deu
é de bradar aos céus. Afirmou que, em início de funções, não queria chocar os visienses.
Ó minha senhora, não sei como é em Aveiro, de onde vem como
professora duma escola do ensino básico, mas aqui, as pessoas
não se chocam com essa facilidade! Chocam-se sim,
com acções de censura gratuita desta natureza.
Quando reabriu o Teatro Viriato e a Companhia Paulo Ribeiro assumiu a sua
programação e ser companhia residente, uma amiga minha que foi comigo a
um espectáculo de dança, disse-me que o espectáculo era muito bom,
mas não iria ter saída em Viseu.
Depois destes anos continuamos a ter a Companhia Paulo Ribeiro
sempre com os espetáculos esgotados com grande antecedência,
bem como toda a programação do Teatro. Infelizmente já não temos o Paulo Ribeiro
permanentemente por ter assumido a direcção do Ballet Gulbenkian.
Drª Ana Abrantes não é, como disse a um jornal local, a querer atrair a terceira idade ao Museu, que dinamiza a cultura, que leva espectadores ao museu.
É com exposições de qualidade. Com dinamismo.
Somos beirões mas não somos parvos.
Vivemos aqui porque gostamos desta qualidade de vida.
Desta qualidade faz parte a cultura. A cultura apresentada no Teatro Viriato,
no Teatro ACERT de Tondela, no Museu Grão Vasco nos últimos sete anos.
Não nos estrague isto minha senhora!!!!
Situado junto à Sé, recentemente reconstruído com um belíssimo
projecto do arquitecto Souto Moura, guarda e expõe, entre muitas outras,
as famosas obras de Vasco Fernandes, o célebre Grão vasco.
Há oito anos atrás eu tinha vergonha de mostrar este nosso
museu aos amigos que me visitavam. Não tinha a apresentação
dum museu, era mais um depositário de obras de arte. A iluminação era péssima,
a organização da colecção idem, as funcionárias faziam crochet sentadas
nas cadeiras. Os visitantes eram poucos.
Nestes últimos sete anos Dalila Rodrigues, uma conterrânea
e a directora então escolhida, imprimiu-lhe uma dinâmica nova,
desempoeirada, trouxe exposições, organizou festas, encheu o
museu de gente. Agora foi fazer isto mesmo para Lisboa, para o Museu de
Arte Antiga. Tenho a certeza que fará um óptimo trabalho,
e desejo-lhe, desde já, muitos êxitos.
No dia 2 de Maio assumiu funções a nova directora do Museu. Creio que deve ter
batido algum record, pois em tão pouco tempo, já conseguiu causar mais
polémica que Dalila conseguiu em sete anos. Ana Paula Abrantes cancelou
todas as intervenções e exposições organizadas pela direcção cessante para
o Dia Nacional do Museus, a realizar a 14 de Maio. A explicação que deu
é de bradar aos céus. Afirmou que, em início de funções, não queria chocar os visienses.
Ó minha senhora, não sei como é em Aveiro, de onde vem como
professora duma escola do ensino básico, mas aqui, as pessoas
não se chocam com essa facilidade! Chocam-se sim,
com acções de censura gratuita desta natureza.
Quando reabriu o Teatro Viriato e a Companhia Paulo Ribeiro assumiu a sua
programação e ser companhia residente, uma amiga minha que foi comigo a
um espectáculo de dança, disse-me que o espectáculo era muito bom,
mas não iria ter saída em Viseu.
Depois destes anos continuamos a ter a Companhia Paulo Ribeiro
sempre com os espetáculos esgotados com grande antecedência,
bem como toda a programação do Teatro. Infelizmente já não temos o Paulo Ribeiro
permanentemente por ter assumido a direcção do Ballet Gulbenkian.
Drª Ana Abrantes não é, como disse a um jornal local, a querer atrair a terceira idade ao Museu, que dinamiza a cultura, que leva espectadores ao museu.
É com exposições de qualidade. Com dinamismo.
Somos beirões mas não somos parvos.
Vivemos aqui porque gostamos desta qualidade de vida.
Desta qualidade faz parte a cultura. A cultura apresentada no Teatro Viriato,
no Teatro ACERT de Tondela, no Museu Grão Vasco nos últimos sete anos.
Não nos estrague isto minha senhora!!!!
07 junho 2005
Avestruz
Abasteço-me de legumes frescos numa pequena quinta junto a Viseu.
Ontem, Segunda feira, a despensa estava vazia.
Ao fim da tarde deixo os piquenos entregues, meto-me no carro,
rádio na RFM e aí vou eu a cantar os hits do momento (é preciso
aproveitar quando não está ninguém por perto para me mandar calar).
A distância é curta. Faço a penúltima curva a berrar a última da Adriana
Calcanhoto e...que raio...travões a fundo...páro o carro.
Não consigo acreditar no que vejo. À minha frente, mais concretamente à frente
do carro, tenho um animal enorme, com ar de quem saiu agora mesmo do jurássico.
Uma avestruz. O bicho dá duas voltas e atravessa a estrada.
Eu, entre o assustada e espantada, acabo a viagem ao virar da curva.
Na quinta riem-se da minha aventura. Contam-me que um senhor que tem ali um terreno
"pôs" lá quatro avestruzes. E andam assim, à solta? Pergunto.
Não, colocou uma rede à volta do terreno, mas como não é muito
alta elas às vezes fogem.
Ao jantar conto a peripécia à família. Comentário do filhote mais velho.
"Ias com o Land Rover?
Sim, porquê?
Não tás a ver? O nosso jipe é um Land Rover Discover...
?!?!
A avestruz pensou que vinha o Discover Channel filmá-la..."
Piadas à parte, qual será o objectivo deste indivíduo? Criar avestruzes
num campo de mato de tojo, giesta e urze? Para bifes?
Ontem, Segunda feira, a despensa estava vazia.
Ao fim da tarde deixo os piquenos entregues, meto-me no carro,
rádio na RFM e aí vou eu a cantar os hits do momento (é preciso
aproveitar quando não está ninguém por perto para me mandar calar).
A distância é curta. Faço a penúltima curva a berrar a última da Adriana
Calcanhoto e...que raio...travões a fundo...páro o carro.
Não consigo acreditar no que vejo. À minha frente, mais concretamente à frente
do carro, tenho um animal enorme, com ar de quem saiu agora mesmo do jurássico.
Uma avestruz. O bicho dá duas voltas e atravessa a estrada.
Eu, entre o assustada e espantada, acabo a viagem ao virar da curva.
Na quinta riem-se da minha aventura. Contam-me que um senhor que tem ali um terreno
"pôs" lá quatro avestruzes. E andam assim, à solta? Pergunto.
Não, colocou uma rede à volta do terreno, mas como não é muito
alta elas às vezes fogem.
Ao jantar conto a peripécia à família. Comentário do filhote mais velho.
"Ias com o Land Rover?
Sim, porquê?
Não tás a ver? O nosso jipe é um Land Rover Discover...
?!?!
A avestruz pensou que vinha o Discover Channel filmá-la..."
Piadas à parte, qual será o objectivo deste indivíduo? Criar avestruzes
num campo de mato de tojo, giesta e urze? Para bifes?
06 junho 2005
Infantário
O meu filhote mais pequeno devia ir para o Infantário
no próximo ano lectivo. Fez três anos.
Quando tivemos a primeira filhota (meu deus, já lá vão 19 anos!), decidimos que os nossos
filhos ficariam em casa até aos três anos. Achamos que estes
primeiros anos são cruciais no desenvolvimento e, por isso,
necessitam de um acompanhamento individualizado.
A este princípio adaptámos a nossa vida profissional e pessoal.
Inclusivamente o número de filhos. (Sim, queríamos ter mais...)
Mas voltando ao princípio. O Alex fez 3 anos e é preciso arranjar Infantário.
Com os outros foi fácil. Visitámos uns quantos e escolhemos o que mais gostámos.
Estava convencida que agora ia ser igual. Não está a ser.
Os infantários estão cheios. Os públicos e os privados.
Parece que Viseu está a ficar mais jovem...
Eu queria que ele frequentasse o mesmo que frequentou a Teresa.
É excelente, público, e tem uma educadora excepcional.
Uma daquelas profissionais que se encontram uma num milhão! Tem 12 vagas e, neste
momento, 20 crianças em lista de espera...
Os outros que visitei deixaram-me apreensiva. Uns têm instalações fracas, outros não têm recreios, pessoal pouco simpático, poucas vagas, etc.
Num deles, privado, foi-me dito que estão cheios mas que há sempre lugar para mais um.
Para o meu filho não!
no próximo ano lectivo. Fez três anos.
Quando tivemos a primeira filhota (meu deus, já lá vão 19 anos!), decidimos que os nossos
filhos ficariam em casa até aos três anos. Achamos que estes
primeiros anos são cruciais no desenvolvimento e, por isso,
necessitam de um acompanhamento individualizado.
A este princípio adaptámos a nossa vida profissional e pessoal.
Inclusivamente o número de filhos. (Sim, queríamos ter mais...)
Mas voltando ao princípio. O Alex fez 3 anos e é preciso arranjar Infantário.
Com os outros foi fácil. Visitámos uns quantos e escolhemos o que mais gostámos.
Estava convencida que agora ia ser igual. Não está a ser.
Os infantários estão cheios. Os públicos e os privados.
Parece que Viseu está a ficar mais jovem...
Eu queria que ele frequentasse o mesmo que frequentou a Teresa.
É excelente, público, e tem uma educadora excepcional.
Uma daquelas profissionais que se encontram uma num milhão! Tem 12 vagas e, neste
momento, 20 crianças em lista de espera...
Os outros que visitei deixaram-me apreensiva. Uns têm instalações fracas, outros não têm recreios, pessoal pouco simpático, poucas vagas, etc.
Num deles, privado, foi-me dito que estão cheios mas que há sempre lugar para mais um.
Para o meu filho não!
03 junho 2005
Upsss
Agora podia dar a desculpa de que queria testar os amigos.
Sim, claro, aqui a rapariga queria saber se realmente me leêm.
Mas não é verdade...Eu sou apenas distraída. A campeã do
clube dos distraídos a norte do Mondego.
Eu escrevinhei um post mas, pelos vistos, apaguei-o e copiei este...
Obrigada amigos, por me aturarem!!!
Sim, claro, aqui a rapariga queria saber se realmente me leêm.
Mas não é verdade...Eu sou apenas distraída. A campeã do
clube dos distraídos a norte do Mondego.
Eu escrevinhei um post mas, pelos vistos, apaguei-o e copiei este...
Obrigada amigos, por me aturarem!!!
02 junho 2005
Nomes
“Mãiii!
Sim filhota.
Já és avó! Olha os teus netos!
?!?!
Vês? São trigémeos.
Três?! E como se chamam?
Luís, Ana e Doremi”
Este diálogo levou-me à questão dos nomes.
A escolha dos nomes dos filhos numa família com duas nacionalidades é complicada.
Nós, optámos por escolher nomes que fossem iguais nas duas línguas.
Assim os avós e tios não teriam problemas na pronúncia . Mas não foi nada fácil.
Os nomes que mais gostávamos eram completamente diferentes, na escrita e na pronúncia.
Descobrimos que os nomes mais comuns, (António, Luís, José, Ana, Miguel, etc) são completamente diferentes na forma escrita e, pior ainda, nos diminutivos.
Por exemplo, Luís e Ana eram nomes da minha eleição, até escolher o pai dos meus filhos.
(Ou terá sido ao contrário?)
E agora? Como será com os netos?
Espero que ainda esteja longe o dia...
Sim filhota.
Já és avó! Olha os teus netos!
?!?!
Vês? São trigémeos.
Três?! E como se chamam?
Luís, Ana e Doremi”
Este diálogo levou-me à questão dos nomes.
A escolha dos nomes dos filhos numa família com duas nacionalidades é complicada.
Nós, optámos por escolher nomes que fossem iguais nas duas línguas.
Assim os avós e tios não teriam problemas na pronúncia . Mas não foi nada fácil.
Os nomes que mais gostávamos eram completamente diferentes, na escrita e na pronúncia.
Descobrimos que os nomes mais comuns, (António, Luís, José, Ana, Miguel, etc) são completamente diferentes na forma escrita e, pior ainda, nos diminutivos.
Por exemplo, Luís e Ana eram nomes da minha eleição, até escolher o pai dos meus filhos.
(Ou terá sido ao contrário?)
E agora? Como será com os netos?
Espero que ainda esteja longe o dia...
01 junho 2005
Não?!
O Não (rotundo) francês à constituição europeia, afinal trouxe coisas boas.
O novo Primeiro Ministro francês, Villepen, é um homem bonito!
O que é que isso nos interessa, dirão vocês. É capaz de não
interessar muito mas, sempre é agradável ao olho, na hora do Telejornal.
Digam lá meninas, se não apetece logo aumentar o som, quando aparece
o Zapatero, esse muchacho muy guapo porsupuesto?!
Vamos ter mais mulheres a ver as notícias?
O novo Primeiro Ministro francês, Villepen, é um homem bonito!
O que é que isso nos interessa, dirão vocês. É capaz de não
interessar muito mas, sempre é agradável ao olho, na hora do Telejornal.
Digam lá meninas, se não apetece logo aumentar o som, quando aparece
o Zapatero, esse muchacho muy guapo porsupuesto?!
Vamos ter mais mulheres a ver as notícias?
31 maio 2005
Dia Não
Lei da Eva
Quando alguma coisa pode correr mal, correrá pior.
(Qualquer coincidência com a lei do Murphy é imaginação vossa.)
Quando alguma coisa pode correr mal, correrá pior.
(Qualquer coincidência com a lei do Murphy é imaginação vossa.)
28 maio 2005
Intolerância - parte 2
A irritação foi-me passando, à medida que fui tratando
dos assuntos em questão. Banco, Segurança Social, EDP, Correios.
Havia filas em todos os balcões, mas não eram muito grandes.
Quando cheguei aos Correios (ou será CTT?) já me tinha passado
a neura. Estavam quatro pessoas à minha frente.
Os segundos da fila eram dois homens de meia idade, nitidamente eslavos.
Altos, loiros, maçãs do rosto salientes, olhos claros.
Quando chegou a vez deles, expressaram-se num português fluente, de pronúncia carregada.
Tiraram os passaportes. Eram búlgaros a enviar dinheiro, provavelmente ganho nas
obras, para as suas famílias. Colocaram as notas no balcão, deram direcções, pagaram. Despediram-se com um boa tarde e obrigado simpáticos, dirigidos à funcionária.
A rapariga, nos 25-30 anos, não respondeu e chamou o número seguinte.
A senhora à minha frente encosta-se ao balcão com um maço de envelopes para enviar.
A funcionária comenta em voz alta, dirigindo-se a todos, e a ninguém:
"Tanto português desempregado e vêm estes tirarem-nos os empregos!"
Ninguém faz comentários. Nem funcionárias, nem clientes.
Chega a minha vez, entregos os envelopes e os resgistos. Enquanto aguardo, observo
a rapariga. Jovem, ar de enfado, nome na lapela. MELLANIE COSTA. Nome tipicamente português.
Português de França, da Suiça, Luxemburgo, ou Bélgica. Países para onde milhares de beirões
emigraram nas últimas quatro décadas, à procura de trabalho. De uma vida melhor.
Países onde foram recebidos umas vezes mal, outras melhor. País onde, provavelmente,
esta candidata a xenéfoba nasceu.
O que se passa com este país à beira mar "prantado"?
De onde vem esta intolerância ao diferente?
Não se tolera quem tem mais de dois filhos. Critica-se quem não tem nenhum.
Apontam-se a dedo os negros, os russos, os chineses, porque nos tiram trabalho.
Será trabalho? Ou empregos?
Irrrra!
Merecemos a % de país que temos! Os políticos que temos!
O buraco em que estamos!
Onde é que eu posso pedir asilo político?
dos assuntos em questão. Banco, Segurança Social, EDP, Correios.
Havia filas em todos os balcões, mas não eram muito grandes.
Quando cheguei aos Correios (ou será CTT?) já me tinha passado
a neura. Estavam quatro pessoas à minha frente.
Os segundos da fila eram dois homens de meia idade, nitidamente eslavos.
Altos, loiros, maçãs do rosto salientes, olhos claros.
Quando chegou a vez deles, expressaram-se num português fluente, de pronúncia carregada.
Tiraram os passaportes. Eram búlgaros a enviar dinheiro, provavelmente ganho nas
obras, para as suas famílias. Colocaram as notas no balcão, deram direcções, pagaram. Despediram-se com um boa tarde e obrigado simpáticos, dirigidos à funcionária.
A rapariga, nos 25-30 anos, não respondeu e chamou o número seguinte.
A senhora à minha frente encosta-se ao balcão com um maço de envelopes para enviar.
A funcionária comenta em voz alta, dirigindo-se a todos, e a ninguém:
"Tanto português desempregado e vêm estes tirarem-nos os empregos!"
Ninguém faz comentários. Nem funcionárias, nem clientes.
Chega a minha vez, entregos os envelopes e os resgistos. Enquanto aguardo, observo
a rapariga. Jovem, ar de enfado, nome na lapela. MELLANIE COSTA. Nome tipicamente português.
Português de França, da Suiça, Luxemburgo, ou Bélgica. Países para onde milhares de beirões
emigraram nas últimas quatro décadas, à procura de trabalho. De uma vida melhor.
Países onde foram recebidos umas vezes mal, outras melhor. País onde, provavelmente,
esta candidata a xenéfoba nasceu.
O que se passa com este país à beira mar "prantado"?
De onde vem esta intolerância ao diferente?
Não se tolera quem tem mais de dois filhos. Critica-se quem não tem nenhum.
Apontam-se a dedo os negros, os russos, os chineses, porque nos tiram trabalho.
Será trabalho? Ou empregos?
Irrrra!
Merecemos a % de país que temos! Os políticos que temos!
O buraco em que estamos!
Onde é que eu posso pedir asilo político?
Intolerância - parte 1
Tarde de Sexta-feira. Hora de ir, a correr, à Loja do Cidadão
tratar de assuntos urgentes antes do fim de semana.
Uma volta, duas voltas, finalmente um buraco para estacionar.
Saio e, em passo apressado, dirijo-me à Loja. Ouço o meu nome.
Uma colega que não vejo há anos. Tantos que nem sabia que tenho mais de dois filhos.
Como estás, então a tua M. entrou na universidade?
Sim, e teu entra este ano?
Sim, sabes como é, ainda faltam os exames.E o teu A.?
Está no 11º ano, e a T. já entrou para a 1ª classe.
Tu tens mais um filho?
Não, tenho mais dois, e até tive três.
Tu és doida!!! Casaste outra vez?
Não, o marido é o mesmo.
Viraste-te para a religião?
Não, continuo ateia.
Mas tu és doida! Um acidente ainda vá, agora dois?!
A mostarda subiu-me ao nariz, daquelas picantes, de Dijon.
Levantando ligeiramente a voz, expliquei-lhe que nenhum dos meus cinco filhos
nasceram por acidente. Conheço, e utilizo, médotos contraceptivos. Foram todos
planeados, programados e feitos com muita vontade e gozo.
Mesmo assim foi insistindo. Mas porquê, tu és doida?!
Pois sou. Alguém tem que contribuir para a natalidade. Já pensaste que
se todos tiverem um filho, como tu e a tua irmã, não haverá quem trabalhe
para pagar as nossas reformas?
Adeusinho, estou com pressa.
tratar de assuntos urgentes antes do fim de semana.
Uma volta, duas voltas, finalmente um buraco para estacionar.
Saio e, em passo apressado, dirijo-me à Loja. Ouço o meu nome.
Uma colega que não vejo há anos. Tantos que nem sabia que tenho mais de dois filhos.
Como estás, então a tua M. entrou na universidade?
Sim, e teu entra este ano?
Sim, sabes como é, ainda faltam os exames.E o teu A.?
Está no 11º ano, e a T. já entrou para a 1ª classe.
Tu tens mais um filho?
Não, tenho mais dois, e até tive três.
Tu és doida!!! Casaste outra vez?
Não, o marido é o mesmo.
Viraste-te para a religião?
Não, continuo ateia.
Mas tu és doida! Um acidente ainda vá, agora dois?!
A mostarda subiu-me ao nariz, daquelas picantes, de Dijon.
Levantando ligeiramente a voz, expliquei-lhe que nenhum dos meus cinco filhos
nasceram por acidente. Conheço, e utilizo, médotos contraceptivos. Foram todos
planeados, programados e feitos com muita vontade e gozo.
Mesmo assim foi insistindo. Mas porquê, tu és doida?!
Pois sou. Alguém tem que contribuir para a natalidade. Já pensaste que
se todos tiverem um filho, como tu e a tua irmã, não haverá quem trabalhe
para pagar as nossas reformas?
Adeusinho, estou com pressa.
27 maio 2005
Nomes
“Mãiii!
Sim filhota.
Já és avó! Olha os teus netos!
?!?!
Vês? São trigémeos.
Três?! E como se chamam?
Luís, Ana e Doremi”
Este diálogo levou-me à questão dos nomes.
A escolha dos nomes dos filhos numa família com duas nacionalidades é complicada.
Nós, optámos por escolher nomes que fossem iguais nas duas línguas.
Assim os avós e tios não teriam problemas na pronúncia . Mas não foi nada fácil.
Os nomes que mais gostávamos eram completamente diferentes, na escrita e na pronúncia.
Descobrimos que os nomes mais comuns, (António, Luís, José, Ana, Miguel, etc) são completamente diferentes na forma escrita e, pior ainda, nos diminutivos.
Por exemplo, Luís e Ana eram nomes da minha eleição, até escolher o pai dos meus filhos.
(Ou terá sido ao contrário?)
E agora? Como será com os netos?
Espero que ainda esteja longe o dia...
Sim filhota.
Já és avó! Olha os teus netos!
?!?!
Vês? São trigémeos.
Três?! E como se chamam?
Luís, Ana e Doremi”
Este diálogo levou-me à questão dos nomes.
A escolha dos nomes dos filhos numa família com duas nacionalidades é complicada.
Nós, optámos por escolher nomes que fossem iguais nas duas línguas.
Assim os avós e tios não teriam problemas na pronúncia . Mas não foi nada fácil.
Os nomes que mais gostávamos eram completamente diferentes, na escrita e na pronúncia.
Descobrimos que os nomes mais comuns, (António, Luís, José, Ana, Miguel, etc) são completamente diferentes na forma escrita e, pior ainda, nos diminutivos.
Por exemplo, Luís e Ana eram nomes da minha eleição, até escolher o pai dos meus filhos.
(Ou terá sido ao contrário?)
E agora? Como será com os netos?
Espero que ainda esteja longe o dia...
25 maio 2005
O Inferno
Esta é a resposta dada por um estudante duma universidade de Washington, num teste de química de nível médio.
Pergunta: "O Inferno é exotérmico (liberta calor) ou endotérmico (absorbe calor)?
A maioria dos estudantes deram as suas respostas com base na Lei de Boyle - um gás arrefece quando se expande, e aquece sob pressão. Um estudante obteve a pontuação máxima com a seguinte resposta:
Em primeiro lugar temos que saber se a massa do Inferno se altera em função do tempo. Precisamos portanto de saber a proporção de entradas e saídas de almas do Inferno. Creio podermos partir do princício que as almas que chegam ao Inferno já não saem.
Para fazermos uma ideia da quantidade de almas que chegam ao Inferno, debrucemo-nos sobre os pontos de vista das religiões existentes hoje em dia.
A maioria delas afirma que quem não for seu membro vai para o Inferno. A partir do momento em que existe mais do que uma religião, e as pessoas não pertencem a mais do que uma igreja, chegamos à conclusão de que todas as almas vão para o Inferno.
Com base na relação entre a natalidade e a mortalidade, podemos afirmar que o número de almas no Inferno cresce exponencialmente. Agora analisemos a proporção de variação de volume do Inferno. Segundo a Lei de Boyle, para se manter a mesma pressão e temperatura, o volume tem que crescer proporcionalmente com o número de almas admitidas.
Isto dá-nos duas possibilidades:
1) Se o volume do Inferno aumentar mais lentamente em relação ao número crescente de almas, a temperatura e a pressão aumentam, logo o Inferno explode.
2) Se o volume do Inferno crescer mais rápido que o número de almas, a temperatura e a pressão diminuem e o Inferno congela.
Qual é a resposta verdadeira?
Ambas apontam para extinção do Inferno, o que prova a existência do Céu.
Nota: a tradução é minha, livre, logo é possível a existência de calinadas de Física (e não só)
Pergunta: "O Inferno é exotérmico (liberta calor) ou endotérmico (absorbe calor)?
A maioria dos estudantes deram as suas respostas com base na Lei de Boyle - um gás arrefece quando se expande, e aquece sob pressão. Um estudante obteve a pontuação máxima com a seguinte resposta:
Em primeiro lugar temos que saber se a massa do Inferno se altera em função do tempo. Precisamos portanto de saber a proporção de entradas e saídas de almas do Inferno. Creio podermos partir do princício que as almas que chegam ao Inferno já não saem.
Para fazermos uma ideia da quantidade de almas que chegam ao Inferno, debrucemo-nos sobre os pontos de vista das religiões existentes hoje em dia.
A maioria delas afirma que quem não for seu membro vai para o Inferno. A partir do momento em que existe mais do que uma religião, e as pessoas não pertencem a mais do que uma igreja, chegamos à conclusão de que todas as almas vão para o Inferno.
Com base na relação entre a natalidade e a mortalidade, podemos afirmar que o número de almas no Inferno cresce exponencialmente. Agora analisemos a proporção de variação de volume do Inferno. Segundo a Lei de Boyle, para se manter a mesma pressão e temperatura, o volume tem que crescer proporcionalmente com o número de almas admitidas.
Isto dá-nos duas possibilidades:
1) Se o volume do Inferno aumentar mais lentamente em relação ao número crescente de almas, a temperatura e a pressão aumentam, logo o Inferno explode.
2) Se o volume do Inferno crescer mais rápido que o número de almas, a temperatura e a pressão diminuem e o Inferno congela.
Qual é a resposta verdadeira?
Ambas apontam para extinção do Inferno, o que prova a existência do Céu.
Nota: a tradução é minha, livre, logo é possível a existência de calinadas de Física (e não só)
Ontem fui ao cinema
Ver "A Guerra das estrelas", pois então.
Muitos efeitos especiais. Estória pobrezinha.
Os jedis a lutarem sobre a lava é "verdadeiramente"
de cair pro lado. O Lucas imagina qual é o calor que
a lava liberta???
Sair, a dois, com o maridão, ainda sabe bem, 21 anos depois!
Muitos efeitos especiais. Estória pobrezinha.
Os jedis a lutarem sobre a lava é "verdadeiramente"
de cair pro lado. O Lucas imagina qual é o calor que
a lava liberta???
Sair, a dois, com o maridão, ainda sabe bem, 21 anos depois!
23 maio 2005
Pedagogia ou agressão
Faço parte da Direcção da Associação de Pais da Escola Primária (1º ciclo)
que a minha filhota mais pequena frequenta.
Na semana passada foi-nos entregue uma carta, assinada por alguns pais de alunos do 2º ano,
a solicitar uma reunião de pais dessa turma com a respectiva professora, com a nossa presença e da Coordenadora da escola. Pediam urgência visto duas crianças já se recusarem a ir à escola por se sentirem marginalizadas e agredidas pela professora.
Ficámos preocupados e pedimos à Coordenadora da escola a convocação rápida da reunião, bem como a presença do Presidente do Conselho Executivo do Agrupamento de Escolas.
A reunião foi Sexta-feira à noite. Estiveram presentes 11 pais dos 12 alunos da turma, todas as professoras da escola, o Presidente do Conselho Executivo e a Direcção da Associação de Pais.
A mim calhou-me em sorte fazer a acta da reunião.
O que ouvi deixou-me, muitas vezes, de caneta perplexa.
Os pais das 2 crianças que não querem ir à escola, começaram por dizer, que quando eles andaram na escola, também levaram reguadas e não lhes fez mal nenhum. Mas, que esta professora dá pontapés, bofetadas e com uma vara nas crianças.
Os pais de outra menina "agredida", doente epiléptica, descreveram que quando a filha fica sonolenta, devido à medicação, a professora abana-a violentamente, dá-lhe bofetadas e põe-lhe água fria na cara.
A professora disse que era tudo mentira. O problema é que estas 3 crianças são preguiçosas
e muito mimadas. É verdade que lhe passa as mãos pela cara, mas é na brincadeira. São gestos de carinho.
Os pais das outras 8 crianças da turma foram dizendo que os miúdos nestas idades (7/8 anos) são dificilmente controláveis e, portanto, natural que a professora adopte medidas adequadas. Que os filhos gostam da professora e aprendem bem. Foram todos frisando que, também eles, levaram bofetadas na Escola Primária e não lhes fez mal nenhum.
Todas as professoras da escola defenderam acaloradamente a colega e criticaram os pais por terem convocado a reunião com elementos estranhos à turma.
No final 2 mães das crianças em causa choravam.
Eu tenho um amargo na boca desde Sexta-feira. Cobardemente calei-me e limitei-me a tirar apontamentos para a acta.
que a minha filhota mais pequena frequenta.
Na semana passada foi-nos entregue uma carta, assinada por alguns pais de alunos do 2º ano,
a solicitar uma reunião de pais dessa turma com a respectiva professora, com a nossa presença e da Coordenadora da escola. Pediam urgência visto duas crianças já se recusarem a ir à escola por se sentirem marginalizadas e agredidas pela professora.
Ficámos preocupados e pedimos à Coordenadora da escola a convocação rápida da reunião, bem como a presença do Presidente do Conselho Executivo do Agrupamento de Escolas.
A reunião foi Sexta-feira à noite. Estiveram presentes 11 pais dos 12 alunos da turma, todas as professoras da escola, o Presidente do Conselho Executivo e a Direcção da Associação de Pais.
A mim calhou-me em sorte fazer a acta da reunião.
O que ouvi deixou-me, muitas vezes, de caneta perplexa.
Os pais das 2 crianças que não querem ir à escola, começaram por dizer, que quando eles andaram na escola, também levaram reguadas e não lhes fez mal nenhum. Mas, que esta professora dá pontapés, bofetadas e com uma vara nas crianças.
Os pais de outra menina "agredida", doente epiléptica, descreveram que quando a filha fica sonolenta, devido à medicação, a professora abana-a violentamente, dá-lhe bofetadas e põe-lhe água fria na cara.
A professora disse que era tudo mentira. O problema é que estas 3 crianças são preguiçosas
e muito mimadas. É verdade que lhe passa as mãos pela cara, mas é na brincadeira. São gestos de carinho.
Os pais das outras 8 crianças da turma foram dizendo que os miúdos nestas idades (7/8 anos) são dificilmente controláveis e, portanto, natural que a professora adopte medidas adequadas. Que os filhos gostam da professora e aprendem bem. Foram todos frisando que, também eles, levaram bofetadas na Escola Primária e não lhes fez mal nenhum.
Todas as professoras da escola defenderam acaloradamente a colega e criticaram os pais por terem convocado a reunião com elementos estranhos à turma.
No final 2 mães das crianças em causa choravam.
Eu tenho um amargo na boca desde Sexta-feira. Cobardemente calei-me e limitei-me a tirar apontamentos para a acta.
19 maio 2005
Lengalenga
Como prenda de anos, aqui fica a tua lengalenga favorita.
Ao ritmo dela adormeceste noites a fio.
Houpy, houpy
Kočka snědla kroupy
a koťata jáhly
po péci
se táhly.
Skákal pes přes oves,
přes zelenou louku,
šel za ním myslivec,
péro na klobouku.
Šel zajíček brázdou,
měl kapsičku prázdnou,
potkala ho Káča,
dala mu koláča.
(lengalenga checa da região da Morávia. Fala de gatos, cães e coelhos)
Ao ritmo dela adormeceste noites a fio.
Houpy, houpy
Kočka snědla kroupy
a koťata jáhly
po péci
se táhly.
Skákal pes přes oves,
přes zelenou louku,
šel za ním myslivec,
péro na klobouku.
Šel zajíček brázdou,
měl kapsičku prázdnou,
potkala ho Káča,
dala mu koláča.
(lengalenga checa da região da Morávia. Fala de gatos, cães e coelhos)
18 maio 2005
Sete anos de ti
Parabéns Teresa.
Há sete anos fizeste-me mãe, pela terceira vez.
Queríamos muito que viesses, um dia. O dia igual ao do pai,
o mês original. Tinhas que nascer na Primavera, porque tu és
a personificação da vida. Tudo à tua volta revive, mexe, altera-se.
Deste dia recordo a cara do pai, feliz, de lágrimas nos olhos, quando
te pegou a primeira vez.
Dos teus irmãos emocionados, a discutir quem pegava em ti. Da composição,
que o André fez no dia seguinte, onde escrevia que este tinha
sido o dia mais feliz da vida dele.
Da minha comoção, de te mostrar o mundo pela janela.
Eras tão bonita. A nossa princesa Teresa.
Estes anos contigo têm sido uma aventura deliciosa.
Contigo entrou uma força da natureza na nossa vida.
Tudo queres ver, tudo queres saber.
Nós caímos de cansaço, tu queres aprender sempre mais.
Quando dizem que és parecida comigo, eu babo-me.
Parabéns minha Princesa
Há sete anos fizeste-me mãe, pela terceira vez.
Queríamos muito que viesses, um dia. O dia igual ao do pai,
o mês original. Tinhas que nascer na Primavera, porque tu és
a personificação da vida. Tudo à tua volta revive, mexe, altera-se.
Deste dia recordo a cara do pai, feliz, de lágrimas nos olhos, quando
te pegou a primeira vez.
Dos teus irmãos emocionados, a discutir quem pegava em ti. Da composição,
que o André fez no dia seguinte, onde escrevia que este tinha
sido o dia mais feliz da vida dele.
Da minha comoção, de te mostrar o mundo pela janela.
Eras tão bonita. A nossa princesa Teresa.
Estes anos contigo têm sido uma aventura deliciosa.
Contigo entrou uma força da natureza na nossa vida.
Tudo queres ver, tudo queres saber.
Nós caímos de cansaço, tu queres aprender sempre mais.
Quando dizem que és parecida comigo, eu babo-me.
Parabéns minha Princesa
Coisa de Lili
É oficial. Vem aí o Verão. E as trabalheiras que isso dá.
Até gosto do Verão, mas que querem esta rapariga ontem foi procurar o bikini
e sobram umas coisitas!
Não sobra assim muito, que isto de ter 4 filhotes tem as suas vantagens. Correr atrás deles não deixa engordar muito. Mas sempre são 2/3 kilitos. Bolas!
Lá vou ter que ir correr mais vezes e com mais afinco e...deixar de comer. Sim porque não há outra maneira. Antes dos quarenta bastava ir dançar uma horas para perder 1,5 kg, agora é preciso passar fome de cão uma semana para perder 0,5kg.
Está aí o Verão e está aberta a época dos anticelulíticos.
Meninas já descobriram para que é que eles servem? Para descargo de consciência. Sim porque a celulite eles não tiram, mas são fresquinhos na pele...
O que me leva à questão existencial: por que raio é que os homens não têm celulite?
Então andamos aqui a clamar igualdade e eles ficam sem ela? Não está certo. Saia JÁ uma casca de laranja pr'aquela parte da população!
Isto hoje não tem nexo nemhum? E tem que ter? Uma rapariga não pode estar com a Síndrome Pré- Depilatória? Não, não ?
Outra injustiça, por que é que os homens não se depilam? hã?
Não há direito! Eu até nem gosto deles muito peludos, porque depois, de manhã, fica-me com aquela sensação de incerteza. Não sei se dormi com o Homos Sapiens se com o avô dele - o macaco!
E isto da depilação leva-me a outro assunto. Eu estou convencida que os instrumentos de tortura foram inventados por mulheres. Sim meninas, então há lá maior tortura que a depilação? Só pode!
Dizem vocês, baixinho, se te incomoda assim tanto faz com a gilete. Era minhas lindas, e depois ficava com as pernas com grão de lixa nº 3, pois!
Isto é uma injustiça digo-vos eu que me despeço porque tenho a depilação marcada prás 10 h!
Até gosto do Verão, mas que querem esta rapariga ontem foi procurar o bikini
e sobram umas coisitas!
Não sobra assim muito, que isto de ter 4 filhotes tem as suas vantagens. Correr atrás deles não deixa engordar muito. Mas sempre são 2/3 kilitos. Bolas!
Lá vou ter que ir correr mais vezes e com mais afinco e...deixar de comer. Sim porque não há outra maneira. Antes dos quarenta bastava ir dançar uma horas para perder 1,5 kg, agora é preciso passar fome de cão uma semana para perder 0,5kg.
Está aí o Verão e está aberta a época dos anticelulíticos.
Meninas já descobriram para que é que eles servem? Para descargo de consciência. Sim porque a celulite eles não tiram, mas são fresquinhos na pele...
O que me leva à questão existencial: por que raio é que os homens não têm celulite?
Então andamos aqui a clamar igualdade e eles ficam sem ela? Não está certo. Saia JÁ uma casca de laranja pr'aquela parte da população!
Isto hoje não tem nexo nemhum? E tem que ter? Uma rapariga não pode estar com a Síndrome Pré- Depilatória? Não, não ?
Outra injustiça, por que é que os homens não se depilam? hã?
Não há direito! Eu até nem gosto deles muito peludos, porque depois, de manhã, fica-me com aquela sensação de incerteza. Não sei se dormi com o Homos Sapiens se com o avô dele - o macaco!
E isto da depilação leva-me a outro assunto. Eu estou convencida que os instrumentos de tortura foram inventados por mulheres. Sim meninas, então há lá maior tortura que a depilação? Só pode!
Dizem vocês, baixinho, se te incomoda assim tanto faz com a gilete. Era minhas lindas, e depois ficava com as pernas com grão de lixa nº 3, pois!
Isto é uma injustiça digo-vos eu que me despeço porque tenho a depilação marcada prás 10 h!
17 maio 2005
Doi-doi
Todas as mães sabem o que é ter um filho pequeno adoentado.
Ficam cabisbaixos, birrentos, sempre a chamar pela mãe.
E nós sem saber muito bem o que lhe fazer.
Mas sabem o que é ter uma filha adulto-adolescente doente?
Nem vos digo nem vos conto!!!
Mãiiiii!
Ficam cabisbaixos, birrentos, sempre a chamar pela mãe.
E nós sem saber muito bem o que lhe fazer.
Mas sabem o que é ter uma filha adulto-adolescente doente?
Nem vos digo nem vos conto!!!
Mãiiiii!
16 maio 2005
O meu fim de semana?
O meu fim de semana dava um filme
de Bollywood
com muita acção:
Um italiano,
da Secília,
a ex-mulher
a ex namorada
a filha deles,
instrumento perfeito de vingança de ex ressabiada contra pai amantíssimo,
um polícia simpático,
uma juíza inteligente e justa.
( A banda sonora pode ser a do...Trinita, acompanhada com lasanha à napolitana)
Ufffa!
Per te Giuseppe amico, um bacio
de Bollywood
com muita acção:
Um italiano,
da Secília,
a ex-mulher
a ex namorada
a filha deles,
instrumento perfeito de vingança de ex ressabiada contra pai amantíssimo,
um polícia simpático,
uma juíza inteligente e justa.
( A banda sonora pode ser a do...Trinita, acompanhada com lasanha à napolitana)
Ufffa!
Per te Giuseppe amico, um bacio
14 maio 2005
13 maio 2005
"Linguajar"
A língua evolui. O calão também. Isto não é novidade para ninguém.
Os meus filhotes, tal como passam as etapas de desenvolvimento, também
evoluem nas do calão. Por fases.
Houve a fase do bué da fixe, do duhh e lol e outras que tais.
No ano passado a educadora da 3ª piolha (então com 5 anos) veio, no fim do dia,
perguntar-me o queria dizer "ser tecla 3". Explicou que a Tété, numa discussão acalorada com um coleguinha, tinha-lhe dito: "tu és mesmo tecla 3".
Lá expliquei à senhora, e a todas as funcionárias do infantário, que no teclado dos telelés, o 3 corresponde ao def de deficiente. O que elas se riram...Não têm filhos adolescentes para aprenderem estas coisas...nem irmãos.
Nos últimos dias apareceu, cá em casa, o tótó. Não sejas tótó, tu és tótó...e por aí fora.
(Bem, aqui que ninguém nos ouve, à filhota mais velha também lhe saem uns palavrões, entre dentes, trazidos da sua estadia no Porto).
Mas voltando ao tótó. Ontem, quando estava a fazer o jantar, o piolhito chegou, com o biberon na mão, a dizer "mamã cacu".
"Não filhote, agora não vais beber leitinho, já vamos jantar". Ele foi insistindo e eu recusando. E mais uma vez.
Então, do alto dos seus três aninhos mal falados, gritou: "Mamã tótó"!
E foi para a sala zangado...
Os meus filhotes, tal como passam as etapas de desenvolvimento, também
evoluem nas do calão. Por fases.
Houve a fase do bué da fixe, do duhh e lol e outras que tais.
No ano passado a educadora da 3ª piolha (então com 5 anos) veio, no fim do dia,
perguntar-me o queria dizer "ser tecla 3". Explicou que a Tété, numa discussão acalorada com um coleguinha, tinha-lhe dito: "tu és mesmo tecla 3".
Lá expliquei à senhora, e a todas as funcionárias do infantário, que no teclado dos telelés, o 3 corresponde ao def de deficiente. O que elas se riram...Não têm filhos adolescentes para aprenderem estas coisas...nem irmãos.
Nos últimos dias apareceu, cá em casa, o tótó. Não sejas tótó, tu és tótó...e por aí fora.
(Bem, aqui que ninguém nos ouve, à filhota mais velha também lhe saem uns palavrões, entre dentes, trazidos da sua estadia no Porto).
Mas voltando ao tótó. Ontem, quando estava a fazer o jantar, o piolhito chegou, com o biberon na mão, a dizer "mamã cacu".
"Não filhote, agora não vais beber leitinho, já vamos jantar". Ele foi insistindo e eu recusando. E mais uma vez.
Então, do alto dos seus três aninhos mal falados, gritou: "Mamã tótó"!
E foi para a sala zangado...
12 maio 2005
13 de Maio
Ser-me-ia fácil, como ateu (não gosto da palavra ateia) convicta, fazer piadas
sobre a ida a Fátima. Sobre o novo desporto nacional... ir a Fátima a pé.
Não o faço. Respeito-me. Respeito a convicções dos meus amigos crentes, praticantes ou não.
Às vezes não respeitam as minhas convicções, mas eu tento...
Houve momentos da minha vida que teria sido mais fácil ultrapassá-los se acreditasse num Ser supremo, na vida para além da morte. Nunca encontrei nenhum crente que entendesse isto.
O meu amigo P. chegou hoje a Fátima a pé. Há dois meses o filho esteve em estado grave. Prometeu ir a Fátima. Já cumpriu. Deus também. Será isto uma troca?
Quando a minha filha morreu, no hospital onde eu estava internada, uma paciente
disse-me para não chorar porque agora tinha um anjinho no céu para olhar por mim e pela minha família. Em silêncio chamei a mulher de todos os nomes.
Como seria mais fácil se acreditasse que, um dia, poderia voltar a estar com ela.
Beijá-la, abraçá-la.
Decididamente a Vida não é fácil. Viver é alegria, é percorrer um caminho.
E...caminhar faz bem à saúde!!!!
sobre a ida a Fátima. Sobre o novo desporto nacional... ir a Fátima a pé.
Não o faço. Respeito-me. Respeito a convicções dos meus amigos crentes, praticantes ou não.
Às vezes não respeitam as minhas convicções, mas eu tento...
Houve momentos da minha vida que teria sido mais fácil ultrapassá-los se acreditasse num Ser supremo, na vida para além da morte. Nunca encontrei nenhum crente que entendesse isto.
O meu amigo P. chegou hoje a Fátima a pé. Há dois meses o filho esteve em estado grave. Prometeu ir a Fátima. Já cumpriu. Deus também. Será isto uma troca?
Quando a minha filha morreu, no hospital onde eu estava internada, uma paciente
disse-me para não chorar porque agora tinha um anjinho no céu para olhar por mim e pela minha família. Em silêncio chamei a mulher de todos os nomes.
Como seria mais fácil se acreditasse que, um dia, poderia voltar a estar com ela.
Beijá-la, abraçá-la.
Decididamente a Vida não é fácil. Viver é alegria, é percorrer um caminho.
E...caminhar faz bem à saúde!!!!
09 maio 2005
Os avozinhos em gang
Começou em Hagen, no dia 3 de Maio, o julgamento de três idosos alemães. Rudolf Richter, de 74 anos, Wilfried Ackermann, 73, e Lothar Ackermann de 64, são acusados de assaltos a 14 bancos e de terem levado o equivalente a cerca de um milhão de euros, durante o período da sua actividade desenvolvida de 1988 a 2004.
O envelhecimento da população europeia leva a isto: não há jovens para assaltar os bancos, tem que ir a terceira idade...
O envelhecimento da população europeia leva a isto: não há jovens para assaltar os bancos, tem que ir a terceira idade...
07 maio 2005
06 maio 2005
É tiro e queda...
Sempre que se fala de Auschwitz aparece alguém ...que sim mas...os Gulags, os palestinianos.
Ora eu não uso lentes unifocais. Não tenho a pretensão de querer redimir a humanidade nem resolver os seus problemas...
Quero apenas que os meus filhos saibam que o ser humano foi capaz de (entre outras coisas):
- Auschwitz, Gulags, Shabra e Shatila, Cruzadas, Inquisição, Tarrafal, Srebnice, Ruanda, Lidice, 11 de Setembro, a proibição do uso do preservativo quando a epidemia de SIDA existe...
porque acredito que o CONHECIMENTO os vai proteger de seguirem líders iguais aos que provoca(ra)m estas tragédias.
Nota: conheci pessoalmente 3 sobreviventes de Auschwitz, dois judeus e um polaco, que ostentam (um ainda é vivo) "orgulhosamente" o número tatuado de prisioneiro para que ninguém esqueça.
Ora eu não uso lentes unifocais. Não tenho a pretensão de querer redimir a humanidade nem resolver os seus problemas...
Quero apenas que os meus filhos saibam que o ser humano foi capaz de (entre outras coisas):
- Auschwitz, Gulags, Shabra e Shatila, Cruzadas, Inquisição, Tarrafal, Srebnice, Ruanda, Lidice, 11 de Setembro, a proibição do uso do preservativo quando a epidemia de SIDA existe...
porque acredito que o CONHECIMENTO os vai proteger de seguirem líders iguais aos que provoca(ra)m estas tragédias.
Nota: conheci pessoalmente 3 sobreviventes de Auschwitz, dois judeus e um polaco, que ostentam (um ainda é vivo) "orgulhosamente" o número tatuado de prisioneiro para que ninguém esqueça.
05 maio 2005
Auschwitz
Em Janeiro de 1984 visitei Auschwitz. Tinha lido bastante sobre a 2ª Guerra,
sobre os campos de concentração nazis.
Já tinha estado no campo de Terezín na então Checoslováquia. Pensava estar preparada para
o que ia encontrar.
Não estava. Ali encontram-se provas de como o Homem pode gerar e formar a Besta.
Provas de que foram homens e mulheres iguais a mim que cometeram atrocidades
inimagináveis sobre iguais.
Mesmo 40 anos depois chocaram-me de tal maneira que não consegui acabar a visita.
Como pôde o mundo não ver o fumo negro que saiu durante cinco anos daqueles fornos?
sobre os campos de concentração nazis.
Já tinha estado no campo de Terezín na então Checoslováquia. Pensava estar preparada para
o que ia encontrar.
Não estava. Ali encontram-se provas de como o Homem pode gerar e formar a Besta.
Provas de que foram homens e mulheres iguais a mim que cometeram atrocidades
inimagináveis sobre iguais.
Mesmo 40 anos depois chocaram-me de tal maneira que não consegui acabar a visita.
Como pôde o mundo não ver o fumo negro que saiu durante cinco anos daqueles fornos?
04 maio 2005
Buracos
Exmo Sr. Presidente da Câmara,
Sr. Dr. Fernando Ruas,
O Sr. sabe que eu sei que o Sr. sabe
que vai ganhar as próximas eleições.
Que, provavelmente, ganhará todas as eleições a
que quiser, ou o deixarem, concorrer cá no burgo.
Então, porque raio, nos esburaca freneticamente a cidade,
sempre antes das autárquicas?
Atentamente
uma eleitora identificada (ou talvez não)
Sr. Dr. Fernando Ruas,
O Sr. sabe que eu sei que o Sr. sabe
que vai ganhar as próximas eleições.
Que, provavelmente, ganhará todas as eleições a
que quiser, ou o deixarem, concorrer cá no burgo.
Então, porque raio, nos esburaca freneticamente a cidade,
sempre antes das autárquicas?
Atentamente
uma eleitora identificada (ou talvez não)
03 maio 2005
Namoros
Sempre afirmei que não me meteria na vida sentimental dos meus piolhos. Os meus pais nunca aprovaram os namorados que descobriram, não sancionaram o marido, o número de filhos, a profissão. Assim decidimos, com o maridão, não nos metermos nos assuntos do coração dos nossos filhotes.
Mas...é muito difícil...mesmo muito.
Ao longo dos anos os filhotes têm-nos apresentado namoricos e namorados. Nada sério.
Mas... a filha mais velha tem um mesmo rapazinho já há um ano. Isto começa a preocupar os velhotes. Bem, rapazinho é como quem diz. O mocetão tem 22 anos.
22 anos muito lentos. Cá em casa recebeu o cognome de "Alentejano". Não por ser oriundo das planícies do sul, mas por parecer que se desloca em câmara lenta.
Até ao meu banal "Como estás?" responde sempre "Vaaiii-se andaandoo". Já lhe retorqui, com alguma maldade confesso, e ainda não chegaste lá? Não, parece que os neurónios dele também são condizentes...
Com esta idade não faz nada. Não estuda (faltam-lhe 2 disciplinas do 12º ano), não trabalha e os "amantíssimos" pais continuam a mantê-lo, a dar-lhe mesada e a emprestar o carrito.
Não era bem isto que eu queria para a minha pequenita mais velha... Ela sempre foi boa aluna, praticou atletismo com êxito, gosta de ler, de cinema...
Ele a última coisa que deve ter lido foram as legendas do Sangoku e filmes é só de pancadaria e afins...
Esta parte até nem é mal porque voltámos a ir ao cinema as duas, quando o paizão não pode e o filme não faz o género do meu projecto de genro...
Em resumo: mãe coruja...mãe galinha...eu? nããã...
Mas...é muito difícil...mesmo muito.
Ao longo dos anos os filhotes têm-nos apresentado namoricos e namorados. Nada sério.
Mas... a filha mais velha tem um mesmo rapazinho já há um ano. Isto começa a preocupar os velhotes. Bem, rapazinho é como quem diz. O mocetão tem 22 anos.
22 anos muito lentos. Cá em casa recebeu o cognome de "Alentejano". Não por ser oriundo das planícies do sul, mas por parecer que se desloca em câmara lenta.
Até ao meu banal "Como estás?" responde sempre "Vaaiii-se andaandoo". Já lhe retorqui, com alguma maldade confesso, e ainda não chegaste lá? Não, parece que os neurónios dele também são condizentes...
Com esta idade não faz nada. Não estuda (faltam-lhe 2 disciplinas do 12º ano), não trabalha e os "amantíssimos" pais continuam a mantê-lo, a dar-lhe mesada e a emprestar o carrito.
Não era bem isto que eu queria para a minha pequenita mais velha... Ela sempre foi boa aluna, praticou atletismo com êxito, gosta de ler, de cinema...
Ele a última coisa que deve ter lido foram as legendas do Sangoku e filmes é só de pancadaria e afins...
Esta parte até nem é mal porque voltámos a ir ao cinema as duas, quando o paizão não pode e o filme não faz o género do meu projecto de genro...
Em resumo: mãe coruja...mãe galinha...eu? nããã...
01 maio 2005
E ele, todavia, rosna...
Os meus filhos são todos diferentes.
Uns foram precoces no andar, outros no manuseamento de pequenas peças, a M. começou a ler livros aos sete, o A. adorava história e só queria visitar castelos, a T. convece tudo e todos e o A. desmonta tudo o que tenha parafusos e botões. Tudo dentro da normalidade. Todos falaram um pouco mais tarde mas, segundo os pediatras, é normal nos bilingues.
Passaram e/ou estão a passar as fases todas com mais ou menos episódios. A fase do não, do gatinhar, do chamar à atenção, da prateleira, etc, etc.
Mas...
ultimamente tenho consultado todos os tratados de pediatria existentes cá em casa, estudado os papas do crescimento infantil e...nada. Não encontro referência nehuma à fase do rosnar.
É, escrevi bem, rosnar. O meu filhote mais pequeno, de três anos acabados de fazer, fala muito pouco, embora entenda tudo o que se lhe diz, e agora começou a rosnar. Quando quer alguma coisa aponta e rosna, quando não concorda grita não e rosna. Quando quer água bate com o copo e rosna...
O pediatra riu-se e afirmou que era uma fase. Que o crescimento está normal, vê, ouve e tem o entendimento correspondente à idade.
Deve ser correspondente à idade do tigre que transporta permanentemente debaixo do braço...
Uns foram precoces no andar, outros no manuseamento de pequenas peças, a M. começou a ler livros aos sete, o A. adorava história e só queria visitar castelos, a T. convece tudo e todos e o A. desmonta tudo o que tenha parafusos e botões. Tudo dentro da normalidade. Todos falaram um pouco mais tarde mas, segundo os pediatras, é normal nos bilingues.
Passaram e/ou estão a passar as fases todas com mais ou menos episódios. A fase do não, do gatinhar, do chamar à atenção, da prateleira, etc, etc.
Mas...
ultimamente tenho consultado todos os tratados de pediatria existentes cá em casa, estudado os papas do crescimento infantil e...nada. Não encontro referência nehuma à fase do rosnar.
É, escrevi bem, rosnar. O meu filhote mais pequeno, de três anos acabados de fazer, fala muito pouco, embora entenda tudo o que se lhe diz, e agora começou a rosnar. Quando quer alguma coisa aponta e rosna, quando não concorda grita não e rosna. Quando quer água bate com o copo e rosna...
O pediatra riu-se e afirmou que era uma fase. Que o crescimento está normal, vê, ouve e tem o entendimento correspondente à idade.
Deve ser correspondente à idade do tigre que transporta permanentemente debaixo do braço...
29 abril 2005
Pensamento para o fim de semana
"Não há remédio que cure o que a felicidade não curar."
Gabriel García Márquez in Do Amor e Outros Demónios
Gabriel García Márquez in Do Amor e Outros Demónios
28 abril 2005
GRRRRRR!!!
Estou furiosa! Mesmo muito furiosa!
A minha família é composta por quatro filhos, dois pais, uma gata, três peixes
e um rato. Desculpa filho, o Chico Leopoldo não é um rato mas sim um hamster, eu sei.
Quando vamos para a casa de férias vamos todos em procissão, sim porque nós levamos os nossos bichos connosco. Lá na aldeia devem pensar: olha lá vem a família tótó...
Durante 11 anos também tivemos uma cadela. A Preta não gostava de galinhas, tivemos que pagar algumas por lá.
Mas voltando à raiva. Esta gata é a segundo gato em 2 anos. O outro foi envenenado tal como todos os gatos da vizinhança. Agora já há dois dias que a nossa gatinha não aparece, desconfio o pior. A minha filhota pequena está inconsolável! Como é que eu lhe explico isto? Que o Homem erectus ainda é um animal? Conheço animais mais inteligentes...
A minha família é composta por quatro filhos, dois pais, uma gata, três peixes
e um rato. Desculpa filho, o Chico Leopoldo não é um rato mas sim um hamster, eu sei.
Quando vamos para a casa de férias vamos todos em procissão, sim porque nós levamos os nossos bichos connosco. Lá na aldeia devem pensar: olha lá vem a família tótó...
Durante 11 anos também tivemos uma cadela. A Preta não gostava de galinhas, tivemos que pagar algumas por lá.
Mas voltando à raiva. Esta gata é a segundo gato em 2 anos. O outro foi envenenado tal como todos os gatos da vizinhança. Agora já há dois dias que a nossa gatinha não aparece, desconfio o pior. A minha filhota pequena está inconsolável! Como é que eu lhe explico isto? Que o Homem erectus ainda é um animal? Conheço animais mais inteligentes...
Dúvidas
Anda esta mulher década e meia cheia de dúvidas, mas
com a certeza de que o homem nunca se engana e raramente tem dúvidas!
Isto deu-me segurança, inspirou-me nas minhas muitas dúvidas!
E agora...pumba, o Homem afinal tem dúvidas, algumas dúvidas.
Oh balha-me deus!!!!
com a certeza de que o homem nunca se engana e raramente tem dúvidas!
Isto deu-me segurança, inspirou-me nas minhas muitas dúvidas!
E agora...pumba, o Homem afinal tem dúvidas, algumas dúvidas.
Oh balha-me deus!!!!
27 abril 2005
Hoje eu queria ser
...a bola do Liverpool-Chelsea para ir parar, muitas vezes, aos braços do Petr Cech!!!
26 abril 2005
Como disse?
Almoço (porquê sempre às refeições?)
Filhota mais velha:
"Mãiii, páiiii?!
Sim?!
Ainda estão a pensar ter mais filhos, ou já fecharam a loja?"
Os irmãos irrompem em gargalhadas, a mãe engasga-se, o pai põe um sorriso malandro, o pequenino não compreende e pergunta: o quê?
Cá em casa é sempre uma brincadeira pegada...
Filhota mais velha:
"Mãiii, páiiii?!
Sim?!
Ainda estão a pensar ter mais filhos, ou já fecharam a loja?"
Os irmãos irrompem em gargalhadas, a mãe engasga-se, o pai põe um sorriso malandro, o pequenino não compreende e pergunta: o quê?
Cá em casa é sempre uma brincadeira pegada...
25 de Abril
"Foi bonita a festa, pá
Fiquei contente
E inda guardo, renitente
Um velho cravo para mim"
Chico O Buarque
Fiquei contente
E inda guardo, renitente
Um velho cravo para mim"
Chico O Buarque
23 abril 2005
Chercher la femme
Ontem descobri a razão, a VERDADEIRA razão, do piercing do meu filhote maior ser na língua.
Eu pensava, lol, que era por o "bando" todo usar piercings. Uns usam-nos nas orelhas, no umbigo, e por aí ...Tal como se vestem das mesmas cores, marcas, ouvem a mesma música, etc.
Ontem passou cá por casa a amiga K. e descobri..taraaaam...tem um piercing na língua.
Por sinal a garota é bem gira!
Eu pensava, lol, que era por o "bando" todo usar piercings. Uns usam-nos nas orelhas, no umbigo, e por aí ...Tal como se vestem das mesmas cores, marcas, ouvem a mesma música, etc.
Ontem passou cá por casa a amiga K. e descobri..taraaaam...tem um piercing na língua.
Por sinal a garota é bem gira!
21 abril 2005
Como perder dois amigos duma vez
Não tenho muitos amigos. Tenho alguns bons, muito bons.
Foram-me acontecendo ao longo da vida. De infância um ou outro, do liceu, da faculdade,
colegas de trabalho, pais dos amigos dos filhos. Estão espalhados pelo mundo, acompanhamos à distância os nascimentos, sucessos, desgraças, amores, (bem abençoada internet). A juntar a estes há os conjugues destes amigos. Uns com mais amizade outros nem por isso.
Quando há a separação dum casal amigo é um drama. Especialmente quando me tornei, no correr dos anos, amiga de ambos. A brutalidade da separação é arrastada para os amigos. Fico a saber que o Manel é um monstro, só eu é que sei porque vivi com ele 15 anos. A Maria é uma péssima mãe, tu nem imaginas...Pois e como viveram 15 anos juntos? A comprar felicidade em pacotinhos?!
Tento não tomar partido... que sim, que é melhor não...
Mas é impossível... Sobra sempre pra mim.
Já me aconteceu ser convocada como testemunha par uma partilha de bens, num daqueles
divórcios de faca e alguidar, sem me informarem previamente.
Já me foi pedido que colocasse uns pozinhos no café do outro...
Um amigo convidava o meu filho para casa dele, ao fim de semana, para o filho dele não estar sozinho na nova casa. Descobri depois que o que ele queria era tirar informações do meu filho
sobre a vida da ex, informações essas que o filho de ambos se negava a dar.
Enfim, isto de amigos...é precisa muita pacência.
Foram-me acontecendo ao longo da vida. De infância um ou outro, do liceu, da faculdade,
colegas de trabalho, pais dos amigos dos filhos. Estão espalhados pelo mundo, acompanhamos à distância os nascimentos, sucessos, desgraças, amores, (bem abençoada internet). A juntar a estes há os conjugues destes amigos. Uns com mais amizade outros nem por isso.
Quando há a separação dum casal amigo é um drama. Especialmente quando me tornei, no correr dos anos, amiga de ambos. A brutalidade da separação é arrastada para os amigos. Fico a saber que o Manel é um monstro, só eu é que sei porque vivi com ele 15 anos. A Maria é uma péssima mãe, tu nem imaginas...Pois e como viveram 15 anos juntos? A comprar felicidade em pacotinhos?!
Tento não tomar partido... que sim, que é melhor não...
Mas é impossível... Sobra sempre pra mim.
Já me aconteceu ser convocada como testemunha par uma partilha de bens, num daqueles
divórcios de faca e alguidar, sem me informarem previamente.
Já me foi pedido que colocasse uns pozinhos no café do outro...
Um amigo convidava o meu filho para casa dele, ao fim de semana, para o filho dele não estar sozinho na nova casa. Descobri depois que o que ele queria era tirar informações do meu filho
sobre a vida da ex, informações essas que o filho de ambos se negava a dar.
Enfim, isto de amigos...é precisa muita pacência.
20 abril 2005
E são loiras...
A Islândia é um dos poucos países do mundo, onde as raparigas ultrapassam os rapazes nas artes da matemática. Nos testes realizados pela OCDE junto dos jovens de 15 anos, as raparigas islandesas ultrapassaram os rapazes em quinze pontos. Havendo mesmo algumas localidades onde a diferença foi de 30 pontos.
A população feminina nas universidades é de 61%, com predominância para a área das ciências e da investigação.
Tenho dito!
A população feminina nas universidades é de 61%, com predominância para a área das ciências e da investigação.
Tenho dito!
19 abril 2005
18 abril 2005
booommmmmm jia
6,45h
«mamããã, (pausa)
papááá, (pausa)
mamãããã,
papáááá»,(até um de nós se levantar).
Estás na caminha, de pé, tigre calvinesco debaixo do braço, com
a mão esquerda esfregas os olhinhos, graaande sorriso malandreco nos lábios.
«Bom dia príncipe!
booom jia, cacu*»
Há acordar mais doce? Mesmo a horas impróprias?
*leite com cacau
«mamããã, (pausa)
papááá, (pausa)
mamãããã,
papáááá»,(até um de nós se levantar).
Estás na caminha, de pé, tigre calvinesco debaixo do braço, com
a mão esquerda esfregas os olhinhos, graaande sorriso malandreco nos lábios.
«Bom dia príncipe!
booom jia, cacu*»
Há acordar mais doce? Mesmo a horas impróprias?
*leite com cacau
15 abril 2005
vícios
Isto do Jornal Público online ter passado a pagantes
obriga-me a ir comprar o jornal às sextas-feiras!
Isto não se faz...é que eu tenho que alimentar os meus viciozinhos:
o café,
a escrita deliciosamente viperina do Miguel Sousa Tavares
pois...
todos temos os nossos defeititos.
obriga-me a ir comprar o jornal às sextas-feiras!
Isto não se faz...é que eu tenho que alimentar os meus viciozinhos:
o café,
a escrita deliciosamente viperina do Miguel Sousa Tavares
pois...
todos temos os nossos defeititos.
ensino/educação
Ontem ouvi um "cientista da pedagogia", seja lá isso o que for, afirmar que em Portugal
todos temos a mania que sabemos discutir futebol e educação. Que esses assuntos deviam ser tratados, na sua globalidade, por especialistas.
Bem... de futebol.. o Glorioso porque sim...nunca tive 90 mn do meu escasso tempo para ver um jogo completo...prognósticos no fim do jogo... o guarda-redes da seleção da República Checa é um dos homens mais bonitos que já vi...e...ficamos por aqui.
De educação tenho todo o DIREITO de falar! Tenho 4 filhos a frequentar todos os níveis do ensino público existente neste país (do pré-primário ao universitário), por isso concedo-me o dever/direito de acompanhar os meus filhos. De apontar erros, de apresentar propostas de correcção, de querer que os meus filhos gostem da escola, que aprendam o gosto de aprender, que adquiram conhecimentos.
A minha experiência diz-me que é a Escola que não se abre, que não tem um plano global, de futuro. Trata problemas pontuais, mediáticos até, mas não vai ao âmago da questão.
Decreta reformas que o ministro seguinte retira...
Aumenta a carga horária até ao incomportável e depois declara que é necessário haver actividades extracurriculares, e quando? de noite?
São estes "cientistas pedagógicos" que querem dar lições? Ou querem calar-me?
Infelizmente neste 13 anos que levo de encarregada de educação poucas coisas vi melhorar...
As escolas das cidades estão sobrelotadas, as turmas são enormes, os professores são apáticos, sem iniciativa (com honrosas excepções), os manuais são coloridos, bonitinhos ao olho, mas medíocres nos conteúdos, as ciências experimentais quase não existem na prática, o português é o que se vê e a matemática...
...e acham que nos devemos calar e deixar para "os entendidos"? Não me calo. Eu pago impostos e está aqui em jogo o futuro dos MEUS filhos, do meu país. Vou ser cada vez mais activa em tudo o que é associação de pais.
A indiferença, o deixa andar que alguém resolve, são coisas que eu abomino!
todos temos a mania que sabemos discutir futebol e educação. Que esses assuntos deviam ser tratados, na sua globalidade, por especialistas.
Bem... de futebol.. o Glorioso porque sim...nunca tive 90 mn do meu escasso tempo para ver um jogo completo...prognósticos no fim do jogo... o guarda-redes da seleção da República Checa é um dos homens mais bonitos que já vi...e...ficamos por aqui.
De educação tenho todo o DIREITO de falar! Tenho 4 filhos a frequentar todos os níveis do ensino público existente neste país (do pré-primário ao universitário), por isso concedo-me o dever/direito de acompanhar os meus filhos. De apontar erros, de apresentar propostas de correcção, de querer que os meus filhos gostem da escola, que aprendam o gosto de aprender, que adquiram conhecimentos.
A minha experiência diz-me que é a Escola que não se abre, que não tem um plano global, de futuro. Trata problemas pontuais, mediáticos até, mas não vai ao âmago da questão.
Decreta reformas que o ministro seguinte retira...
Aumenta a carga horária até ao incomportável e depois declara que é necessário haver actividades extracurriculares, e quando? de noite?
São estes "cientistas pedagógicos" que querem dar lições? Ou querem calar-me?
Infelizmente neste 13 anos que levo de encarregada de educação poucas coisas vi melhorar...
As escolas das cidades estão sobrelotadas, as turmas são enormes, os professores são apáticos, sem iniciativa (com honrosas excepções), os manuais são coloridos, bonitinhos ao olho, mas medíocres nos conteúdos, as ciências experimentais quase não existem na prática, o português é o que se vê e a matemática...
...e acham que nos devemos calar e deixar para "os entendidos"? Não me calo. Eu pago impostos e está aqui em jogo o futuro dos MEUS filhos, do meu país. Vou ser cada vez mais activa em tudo o que é associação de pais.
A indiferença, o deixa andar que alguém resolve, são coisas que eu abomino!
13 abril 2005
12 abril 2005
disparates da ninhada
Discussão acesa entre o irmão mais velho (17 anos) e a piolha (6).
Em voz bem alta trocam acusações e esgrimem argumentos.
A piolhinha fica sem argumentos e olha (apenas), com ar de gozo.
Argumento do "velho":
«Ouve lá pá, tu não me olhes assim, com esse tom de voz».
...contra factos não há...mesmo argumentos.
Em voz bem alta trocam acusações e esgrimem argumentos.
A piolhinha fica sem argumentos e olha (apenas), com ar de gozo.
Argumento do "velho":
«Ouve lá pá, tu não me olhes assim, com esse tom de voz».
...contra factos não há...mesmo argumentos.
Adolescentes - parte 2
A nossa filhota mais velha é uma inchada aluna do 1º ano da Universidade do Porto.
Entrou no curso que queria e está satisfeita. Até aqui tudo bem.
O problema, sim porque tudo na vida tem que ter algum senão, é que o Porto não é bem aqui ao lado. Teve que arranjar casa, são as viagens, a comida fora da casa da mamã, são as propinas, etc... É uma facada na economia desta família tão grande. E, daqui a um ano,( espero eu) entra o 2º filhote...ai,ai..
Neste fim de semana anunciou, como quem não quer a coisa, à hora da refeição, que precisa urgentemente, (tipo para ontem) do fato académico. Que a minha menina mais maior grande, não pode aparecer nas festas da faculdade sem o traje académico, que todos os colegas já têm... patati,patatá... em resumo será considerada out se aparecer sem ele!
Tentámos argumentar que neste momento não dá jeito termos mais despesas, que os pais são licenciados e nunca usaram capa nem batina...
O resultado foi: ... sermos rotulados de cotas Ponto Final Parágrafo
Andaram as gerações do pós 25 de Abril a exigir uma Universidade democrática, livre,
para todos...
Patati...patatá...
Entrou no curso que queria e está satisfeita. Até aqui tudo bem.
O problema, sim porque tudo na vida tem que ter algum senão, é que o Porto não é bem aqui ao lado. Teve que arranjar casa, são as viagens, a comida fora da casa da mamã, são as propinas, etc... É uma facada na economia desta família tão grande. E, daqui a um ano,( espero eu) entra o 2º filhote...ai,ai..
Neste fim de semana anunciou, como quem não quer a coisa, à hora da refeição, que precisa urgentemente, (tipo para ontem) do fato académico. Que a minha menina mais maior grande, não pode aparecer nas festas da faculdade sem o traje académico, que todos os colegas já têm... patati,patatá... em resumo será considerada out se aparecer sem ele!
Tentámos argumentar que neste momento não dá jeito termos mais despesas, que os pais são licenciados e nunca usaram capa nem batina...
O resultado foi: ... sermos rotulados de cotas Ponto Final Parágrafo
Andaram as gerações do pós 25 de Abril a exigir uma Universidade democrática, livre,
para todos...
Patati...patatá...
11 abril 2005
PRAGA
A visita do Jaroslav deixou-me uma dor funda. Saudade da "minha" Praga.
Quero ir beber uma cerveja Plzen ao Pinkasu, sentar-me na Praça Velha à espera que o relógio da torre da Radnice mostre os doze Apóstolos e a caveira. Quero calcorrear o Caminho Real e chegar ao Castelo com os bofes de fora. Seguir para Dejvice tomar um café (turco) sem os chatos dos turistas alemães.
Quero ir correr à Letná, sentar-me no pedestal que já foi de Estaline, e tentar contar as torres
(ainda não consegui chegar às cem que dizem que tem) da Stovezatá Praha. Ver os raios de sol brilharem no telhado dourado do Teatro Nacional.
Quero marcar um encontro debaixo do rabo e ir namorar para os parques da Malá Strana. Quero subir o Vltava num barco com banda de jazz. Ouvir Smetana na igreja de S. Nikolau ou Mozart na de Santo Inácio.
Quero...que estes 2800 km fiquem mais curtos.
Quero ir beber uma cerveja Plzen ao Pinkasu, sentar-me na Praça Velha à espera que o relógio da torre da Radnice mostre os doze Apóstolos e a caveira. Quero calcorrear o Caminho Real e chegar ao Castelo com os bofes de fora. Seguir para Dejvice tomar um café (turco) sem os chatos dos turistas alemães.
Quero ir correr à Letná, sentar-me no pedestal que já foi de Estaline, e tentar contar as torres
(ainda não consegui chegar às cem que dizem que tem) da Stovezatá Praha. Ver os raios de sol brilharem no telhado dourado do Teatro Nacional.
Quero marcar um encontro debaixo do rabo e ir namorar para os parques da Malá Strana. Quero subir o Vltava num barco com banda de jazz. Ouvir Smetana na igreja de S. Nikolau ou Mozart na de Santo Inácio.
Quero...que estes 2800 km fiquem mais curtos.
10 abril 2005
visitas
Este fim de semana tivemos a visita dum amigo checo, o Jaroslav.
É um exercício deveras interessante isto de mostrar a nossa cidade a um estrangeiro,
pela primeira vez em Portugal e que não fala, nem entende, português.
Fizemos a visita turística: a catedral, as igrejas dos Terceiros, do Carmo e da Misericórdia,a Porta dos Cavaleiros,a rua Direita e adjacentes,a Cava de Viriato, os jardins e parques centrais, a mata/parque do Fontelo.
A apreciação global do Jaroslav foi positiva e apreciou particularmente os jardins e rotundas ajardinadas, por estar tudo florido.
É verdade, Viseu está cheio de flores. Com a correria diária não apreciamos devidamente a beleza que nos rodeia.
Criticamos (de)mais e contemplamos pouco.
Vou regularmente correr paro o Fontelo e não tinha reparado que está cheio de violetas e muitas outras flores silvestres.
Gostou da comida portuguesa, estranhou apenas o bacalhau, mas eu também não aprecio o vepro-knedlo-zelí...estamos quites!
É um exercício deveras interessante isto de mostrar a nossa cidade a um estrangeiro,
pela primeira vez em Portugal e que não fala, nem entende, português.
Fizemos a visita turística: a catedral, as igrejas dos Terceiros, do Carmo e da Misericórdia,a Porta dos Cavaleiros,a rua Direita e adjacentes,a Cava de Viriato, os jardins e parques centrais, a mata/parque do Fontelo.
A apreciação global do Jaroslav foi positiva e apreciou particularmente os jardins e rotundas ajardinadas, por estar tudo florido.
É verdade, Viseu está cheio de flores. Com a correria diária não apreciamos devidamente a beleza que nos rodeia.
Criticamos (de)mais e contemplamos pouco.
Vou regularmente correr paro o Fontelo e não tinha reparado que está cheio de violetas e muitas outras flores silvestres.
Gostou da comida portuguesa, estranhou apenas o bacalhau, mas eu também não aprecio o vepro-knedlo-zelí...estamos quites!
08 abril 2005
Não nos faltava mais nada...
Facto: a Mãe Galinha abandonou-nos.
Motivo: delito de opinião.
Comentário: e a tolerância meus senhores?
Motivo: delito de opinião.
Comentário: e a tolerância meus senhores?
Vou ali já venho
«Se alguém me chamar velhote, vou ter o prazer
enorme de o mandar para sítios recônditos»
Herman José in Visão
Eu vou indo...
P.S. Que saudades do "Herman enciclopédia"!
enorme de o mandar para sítios recônditos»
Herman José in Visão
Eu vou indo...
P.S. Que saudades do "Herman enciclopédia"!
06 abril 2005
O sonho comanda a vida?
"...
Sempre que um homem sonha
o mundo pula e avança
..."
António Gedeão in Pedra filosofal
Sonhamos tão pouco... não há tempo!
Estamos na Era do descartável.
Descartam-se o talher e o prato para não lavarmos
O trabalhador não dá o lucro esperado? Despede-se.
O pai e a mãe estão doentes? Levam-se para o lar que é dedutível no IRS, embora seja pago com o dinheiro deles.
Os filhos dão trabalho? Ficam no ATL até fechar e depois mandam-se para o quarto ver televisão/computador, porque eu estou cansada.
Os amigos? Vamos à discoteca curtir e, mesmo que não se ouça uma frase completa, já cumprimos.
O marido/namorado já não dá pica? Parte-se para outra.
Estou triste? Prozac.
É difícil resolver este problema? Comprimidos para dormir.
Os afectos? Os sentimentos?... Uma viagem às Maldivas resolve.
E no entanto...
Sempre que um homem sonha
o mundo avança e pula... DE CONTENTE.
Sempre que um homem sonha
o mundo pula e avança
..."
António Gedeão in Pedra filosofal
Sonhamos tão pouco... não há tempo!
Estamos na Era do descartável.
Descartam-se o talher e o prato para não lavarmos
O trabalhador não dá o lucro esperado? Despede-se.
O pai e a mãe estão doentes? Levam-se para o lar que é dedutível no IRS, embora seja pago com o dinheiro deles.
Os filhos dão trabalho? Ficam no ATL até fechar e depois mandam-se para o quarto ver televisão/computador, porque eu estou cansada.
Os amigos? Vamos à discoteca curtir e, mesmo que não se ouça uma frase completa, já cumprimos.
O marido/namorado já não dá pica? Parte-se para outra.
Estou triste? Prozac.
É difícil resolver este problema? Comprimidos para dormir.
Os afectos? Os sentimentos?... Uma viagem às Maldivas resolve.
E no entanto...
Sempre que um homem sonha
o mundo avança e pula... DE CONTENTE.
31 março 2005
disparates da ninhada
Jantar na férias pascais
"Mãiii?
- Sim!
Cristo ressuscitou? Que quer isso dizer?
- Quer dizer que v..
Mana mais velha (19)
"Não Tété tu percebeste mal. Não é ressuscitou mas sim res-sushi-tou.
?!?!(olhos muito abertos)
Sim sushi, sabes do restaurante chinês mas em sushi -peixe. DAH!!!!"
Com ajudas destas lá se vai a pedagogia.
"Mãiii?
- Sim!
Cristo ressuscitou? Que quer isso dizer?
- Quer dizer que v..
Mana mais velha (19)
"Não Tété tu percebeste mal. Não é ressuscitou mas sim res-sushi-tou.
?!?!(olhos muito abertos)
Sim sushi, sabes do restaurante chinês mas em sushi -peixe. DAH!!!!"
Com ajudas destas lá se vai a pedagogia.
30 março 2005
Adolescentes
Ser mãe de adolescentes é o maior teste existente à paciência humana.
As hormonas são deles mas nós é que as aturamos.
O A. (17 anos) hoje anunciou (solenemente com a provocação inerente), que vai fazer um piercing na língua.
Eu por mim já estou por tudo... tanto se põe como se tira, e os tecidos regeneram facilmente.
O pai creio que vai passar. A relação deles já está conturbada, com a bolinha na língua vai piorar.
Isto promete!
As hormonas são deles mas nós é que as aturamos.
O A. (17 anos) hoje anunciou (solenemente com a provocação inerente), que vai fazer um piercing na língua.
Eu por mim já estou por tudo... tanto se põe como se tira, e os tecidos regeneram facilmente.
O pai creio que vai passar. A relação deles já está conturbada, com a bolinha na língua vai piorar.
Isto promete!
26 março 2005
24 março 2005
e tudo começou
18 de Janeiro de 1986, 23 horas
Finalmente nasceu! Após 26 horas de trabalho de parto. Cansada, dorida e... a mais feliz do mundo. A Marta nasceu e afirmou-se: berrou durante 2 horas. Nos intervalos tentou mamar.Era linda, moreninha com lábios carnudos. Depois levaram-na para o berçário e só voltei a vê-la de manhã.
Assim me fiz mãe. A mais babada!
A melhor? Tem dias. A filha tb!
14 de Março de 1988, 12 50h
Por volta das 9 rebentou o saco amniótico em casa e foi-se para o hospital nas calmas. Já não éramos caloiros!
Provocam o parto e em 2 horas nasce o André. Pequerrucho - 2,800 kg, 48 cm - mto branquinho e logo se aninhou no meu peito.
O parto custou? Não me lembro!
Lembro-me do pai, quando o veio ver, feliz, babado, com lágrimas nos olhos.(Naquele tempo os pais não tinham acesso à sala de partos!)
Lembro-me da mana espantada, inchada de irmã mais velha.
Lembro-me de chegar a casa com os 2 filhos e o paisão e me sentir o centro do mundo.
19 de Maio de 1998, 17 31h
Dez anos depois cá vamos nós outra vez. Agora o pai já entra, participa. O parto é programado,
2 dias antes da 40ª semana quando o obstetra está de serviço. Isto evoluiu...mas à província ainda não chegou a epidural.
9 da manhã entrada na maternidade, provoca-se o parto, previsão de uma bébé grandinha.
O trabalho de parto prolonga-se, a bébé não desce. Pensa-se nos forceps e pedem-me que caminhe até ao fim do corredor para a sala apropriada aos forceps. O marido pergunta se pode ir buscar um café. Que sim que isto ainda vai demorar.
Deito-me na cama e oiço a enfermeira: Sr. Dr rápido que o bébé está a nascer!
Pois é, mais uma vez o pai não assistiu. A Teresa assustou-se quando ouviu falar em forceps (tb pudera!)
2 horas depois chegam os manos grandes.Importantes, que é linda, que é tão pequenina... que é tão nossa.
Assim nasceu o nosso furacão, a nossa força da natureza.
12 de Outubro de 1999, 15 20h
Parto programado, provocado. Vai nascer a Gabriela.
O pai não arreda pé. Desta vez não quer perder nada.
Foi rápido e sem problemas, afinal já somos veteranos. Piadinhas mais que muitas do pessoal de enfermagem.
Nasceu linda, loira e saudável. Aninhou-se em mim, no pai, horas depois nos manos orgulhosos.
Durante os oito meses que viveu distribuiu sorrisos e felicidade.
Oito meses depois um acidente na A1, estúpido e brutal, congelou o sorriso da nossa Gabriela para sempre.
24 de Fevereiro de 2002, 14 25h
Depois de uma gravidez de alto risco, de internamento e muitas visitas às urgências, vamos tentar que o Alexandre nasça.
Quando anunciámos aos filhos que iam ter mais um mano a Marta comentou para o irmão:
" André, nós somos mesmo bons!
?!
se não tu achas que eles tinham coragem?"
O parto foi tão rápido que o obstetra não chegou a tempo. Foi o enfermeiro e o pai experiente.
Chegou o nosso Alexandre, loirinho, ternurento. O encanto dos manos adolescentes e a cobaia mais ou menos resistente da Teresa.
Pois é. Não temos tempo para o tédio, cá em casa está sempre algo a acontecer.
Mas... as coisas boas multiplicam-se por 6, as más dividem-se por 6
Finalmente nasceu! Após 26 horas de trabalho de parto. Cansada, dorida e... a mais feliz do mundo. A Marta nasceu e afirmou-se: berrou durante 2 horas. Nos intervalos tentou mamar.Era linda, moreninha com lábios carnudos. Depois levaram-na para o berçário e só voltei a vê-la de manhã.
Assim me fiz mãe. A mais babada!
A melhor? Tem dias. A filha tb!
14 de Março de 1988, 12 50h
Por volta das 9 rebentou o saco amniótico em casa e foi-se para o hospital nas calmas. Já não éramos caloiros!
Provocam o parto e em 2 horas nasce o André. Pequerrucho - 2,800 kg, 48 cm - mto branquinho e logo se aninhou no meu peito.
O parto custou? Não me lembro!
Lembro-me do pai, quando o veio ver, feliz, babado, com lágrimas nos olhos.(Naquele tempo os pais não tinham acesso à sala de partos!)
Lembro-me da mana espantada, inchada de irmã mais velha.
Lembro-me de chegar a casa com os 2 filhos e o paisão e me sentir o centro do mundo.
19 de Maio de 1998, 17 31h
Dez anos depois cá vamos nós outra vez. Agora o pai já entra, participa. O parto é programado,
2 dias antes da 40ª semana quando o obstetra está de serviço. Isto evoluiu...mas à província ainda não chegou a epidural.
9 da manhã entrada na maternidade, provoca-se o parto, previsão de uma bébé grandinha.
O trabalho de parto prolonga-se, a bébé não desce. Pensa-se nos forceps e pedem-me que caminhe até ao fim do corredor para a sala apropriada aos forceps. O marido pergunta se pode ir buscar um café. Que sim que isto ainda vai demorar.
Deito-me na cama e oiço a enfermeira: Sr. Dr rápido que o bébé está a nascer!
Pois é, mais uma vez o pai não assistiu. A Teresa assustou-se quando ouviu falar em forceps (tb pudera!)
2 horas depois chegam os manos grandes.Importantes, que é linda, que é tão pequenina... que é tão nossa.
Assim nasceu o nosso furacão, a nossa força da natureza.
12 de Outubro de 1999, 15 20h
Parto programado, provocado. Vai nascer a Gabriela.
O pai não arreda pé. Desta vez não quer perder nada.
Foi rápido e sem problemas, afinal já somos veteranos. Piadinhas mais que muitas do pessoal de enfermagem.
Nasceu linda, loira e saudável. Aninhou-se em mim, no pai, horas depois nos manos orgulhosos.
Durante os oito meses que viveu distribuiu sorrisos e felicidade.
Oito meses depois um acidente na A1, estúpido e brutal, congelou o sorriso da nossa Gabriela para sempre.
24 de Fevereiro de 2002, 14 25h
Depois de uma gravidez de alto risco, de internamento e muitas visitas às urgências, vamos tentar que o Alexandre nasça.
Quando anunciámos aos filhos que iam ter mais um mano a Marta comentou para o irmão:
" André, nós somos mesmo bons!
?!
se não tu achas que eles tinham coragem?"
O parto foi tão rápido que o obstetra não chegou a tempo. Foi o enfermeiro e o pai experiente.
Chegou o nosso Alexandre, loirinho, ternurento. O encanto dos manos adolescentes e a cobaia mais ou menos resistente da Teresa.
Pois é. Não temos tempo para o tédio, cá em casa está sempre algo a acontecer.
Mas... as coisas boas multiplicam-se por 6, as más dividem-se por 6
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