26 janeiro 2010

Tricotando

Não tenho mostrado coisas novas por aqui, o que não quer dizer que tenha estado parada.
Não consigo estar parada. Nem a ver televisão consigo ter as mãos quietas no regaço.

Depois de vários cachecois, boinas, gorros e etc e tal, iniciei uma camisola para o Alexandre em tricot "dinamarquês" ou "fair isle" ou nórdico ou como lhe quiserem chamar. Confesso que é dos trabalhos que eu mais gosto de fazer, ir inventando e acrescentando motivos.


Na blogosfera aparece como grande moda trabalhar fios que já fazem os motivos per si, mas assim onde fica a criatividade? É verdade que são bonitos e fáceis de fazer mas falta-lhes qualquer coisa, o elemento "eu" que é o que me dá o verdadeiro gozo nestas andanças do tricot e crochet.

Lindo exemplo


18 janeiro 2010

24

18 de Janeiro de 1986, 23 horas



Finalmente nasceu! Após 26 horas de trabalho de parto. Cansada, dorida e... a pessoa mais feliz do mundo. A Marta nasceu e afirmou-se: berrou durante 2 horas. Nos intervalos tentou mamar. Era linda, moreninha com lábios carnudos. Depois levaram-na para o berçário e só voltei a vê-la de manhã.


Assim me fiz mãe. A mais babada!


A melhor? Tem dias. A filha também!
 
Parabéns filha grande! Amo-te muito.

15 janeiro 2010

Haiti

Tragédia que nos reduz à nossa insignificância.
Seres pequeninos.


13 janeiro 2010

Rir é o melhor remédio (ou será o único?)

(...)Os outros povos curam a ressaca do fim de ano com café e sono, nós curamos com a mensagem de Cavaco Silva. Não há nada como recordar que estamos endividados, desempregados e na cauda da Europa para espantar uma embriaguez. Cavaco é o Guronsan de Portugal. (...)

Ricardo Araújo Pereira in Visão

11 janeiro 2010

Fim de semana

de frio, sorna e algum crochet e tricot.

Dois tamboretes com as almofadas já muitos gastas e vistas, reciclados com capa em crochet cosida na almofada original;

A Lala bem instalada no "seu" puf;

Um canto florido;

Manta quentinha em quadrados perfeitos, feita com restos de lã existentes cá por casa. Em progresso;

Um boneco de neve à porta de casa, obra dos filhos mais pequenos,que não se cansaram a andar de trenó;

Uma cadela que adorou comer bolas de neve.
















































03 janeiro 2010

2010





esquilo no Fontelo

Morre lentamente quem não viaja

 

"Morre lentamente quem não viaja,
Quem não lê,
Quem não ouve música,
Quem destrói o seu amor-próprio,
Quem não se deixa ajudar.

Morre lentamente quem se transforma escravo do hábito,
Repetindo todos os dias o mesmo trajecto,
Quem não muda as marcas no supermercado,
não arrisca vestir uma cor nova,
não conversa com quem não conhece.

Morre lentamente quem evita uma paixão,
Quem prefere O "preto no branco"
E os "pontos nos is" a um turbilhão de emoções indomáveis,
Justamente as que resgatam brilho nos olhos,
Sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos.

Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho,
Quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho,
Quem não se permite,
Uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.

Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da Chuva incessante,
Desistindo de um projecto antes de iniciá-lo,
não perguntando sobre um assunto que desconhece
E não respondendo quando lhe indagam o que sabe.

Evitemos a morte em doses suaves,
Recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior do que o
Simples acto de respirar.
Estejamos vivos, então!»

Pablo Neruda