Não tenho muitos amigos. Tenho alguns bons, muito bons.
Foram-me acontecendo ao longo da vida. De infância um ou outro, do liceu, da faculdade,
colegas de trabalho, pais dos amigos dos filhos. Estão espalhados pelo mundo, acompanhamos à distância os nascimentos, sucessos, desgraças, amores, (bem abençoada internet). A juntar a estes há os conjugues destes amigos. Uns com mais amizade outros nem por isso.
Quando há a separação dum casal amigo é um drama. Especialmente quando me tornei, no correr dos anos, amiga de ambos. A brutalidade da separação é arrastada para os amigos. Fico a saber que o Manel é um monstro, só eu é que sei porque vivi com ele 15 anos. A Maria é uma péssima mãe, tu nem imaginas...Pois e como viveram 15 anos juntos? A comprar felicidade em pacotinhos?!
Tento não tomar partido... que sim, que é melhor não...
Mas é impossível... Sobra sempre pra mim.
Já me aconteceu ser convocada como testemunha par uma partilha de bens, num daqueles
divórcios de faca e alguidar, sem me informarem previamente.
Já me foi pedido que colocasse uns pozinhos no café do outro...
Um amigo convidava o meu filho para casa dele, ao fim de semana, para o filho dele não estar sozinho na nova casa. Descobri depois que o que ele queria era tirar informações do meu filho
sobre a vida da ex, informações essas que o filho de ambos se negava a dar.
Enfim, isto de amigos...é precisa muita pacência.
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3 comentários:
Eva, não percebo como numa separação se arraste os amigos. Ainda tenho amigos que não sabem dela.
Beijinho grande.
Depois dum ano não sabem?!
... não!
... ainda não se lembraram de fazer postais para anúnciar o divórcio ...
Eva, não é algo de que tenho orgulho. Quando enconto esses nossos amigos, é engraçado ouvir, por vezes, "e não te pergunto pela tua mulher porque ainda ontem a vi". Faço um sorriso, continuamos a conversa e dizemos adeus.
Mas não faço segredo.
Quando me perguntam como vai a Mãe no trabalho, vejo-me na obrigação de esclarecer umas coisas ...
Muitas vezes, esses amigos deixam de ter vontade de falar comigo, como se tivesse uma doença perigosamente contagiosa ...
E, tenho que admitir, uma separação também é dolorosa para os amigos, porque é um pouco do seu mundo que também se desmorona.
Beijinho grande.
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