Faço parte da Direcção da Associação de Pais da Escola Primária (1º ciclo)
que a minha filhota mais pequena frequenta.
Na semana passada foi-nos entregue uma carta, assinada por alguns pais de alunos do 2º ano,
a solicitar uma reunião de pais dessa turma com a respectiva professora, com a nossa presença e da Coordenadora da escola. Pediam urgência visto duas crianças já se recusarem a ir à escola por se sentirem marginalizadas e agredidas pela professora.
Ficámos preocupados e pedimos à Coordenadora da escola a convocação rápida da reunião, bem como a presença do Presidente do Conselho Executivo do Agrupamento de Escolas.
A reunião foi Sexta-feira à noite. Estiveram presentes 11 pais dos 12 alunos da turma, todas as professoras da escola, o Presidente do Conselho Executivo e a Direcção da Associação de Pais.
A mim calhou-me em sorte fazer a acta da reunião.
O que ouvi deixou-me, muitas vezes, de caneta perplexa.
Os pais das 2 crianças que não querem ir à escola, começaram por dizer, que quando eles andaram na escola, também levaram reguadas e não lhes fez mal nenhum. Mas, que esta professora dá pontapés, bofetadas e com uma vara nas crianças.
Os pais de outra menina "agredida", doente epiléptica, descreveram que quando a filha fica sonolenta, devido à medicação, a professora abana-a violentamente, dá-lhe bofetadas e põe-lhe água fria na cara.
A professora disse que era tudo mentira. O problema é que estas 3 crianças são preguiçosas
e muito mimadas. É verdade que lhe passa as mãos pela cara, mas é na brincadeira. São gestos de carinho.
Os pais das outras 8 crianças da turma foram dizendo que os miúdos nestas idades (7/8 anos) são dificilmente controláveis e, portanto, natural que a professora adopte medidas adequadas. Que os filhos gostam da professora e aprendem bem. Foram todos frisando que, também eles, levaram bofetadas na Escola Primária e não lhes fez mal nenhum.
Todas as professoras da escola defenderam acaloradamente a colega e criticaram os pais por terem convocado a reunião com elementos estranhos à turma.
No final 2 mães das crianças em causa choravam.
Eu tenho um amargo na boca desde Sexta-feira. Cobardemente calei-me e limitei-me a tirar apontamentos para a acta.
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9 comentários:
Um dos meus professores do ciclo, qd se irritava, fechava a mão do aluno em forma de punho. E forçava-a contra a madeira da mesa, como se ele desse um murro. Isto doía.
Tinha que doer... pq um dia, um dos meus colegas tinha a caneta na mão e nem se sabe como, a caneta na confusão do gesto espetou-se na mão do professor. Tal a força empregue...
Enquanto umas réguadas n fizerem mal, mas xptz fizer... as pessoas não vão entender que é tudo o mesmo. A violência continuará na escola. Na família...
Mentalidades
Jinho Eva...
Bom dia, Eva.
Estou arrepiado.
Um dia levei uma reguada na tola. Ia partindo a cabeça. O meu pai foi á escola falar com a professora, para lhe explicar que, se isso voltasse a acontecer, alguém ia ficar com a cabeça rachada. Funcionou.
Olá, já parei a "choradeira" e tinha que dizer só uma coisinha:
à conta destes e doutros métodos "pedagógicos" desenvolvi uma rejeição patologica à matemática e, se não fossem as calculadoras, nem sei...
E a maioria não faz a necessariamente a razão.
No caso que relatas, parece evidente que não.
E castigos físicos só são admissíveis aos pais, nunca a um estranho.
Cá para a minha tola!
Um beijinho.
Fiquei sem palavras...
Não sei o que pensar mesmo...
Se é verdade, é de lamentar. A violência nunca tem razão, e não é desculpável...
Se não é verdade (também acontece os miudos inventarem)...
É muito grave, seja qual for a verdade...
Pensei que já não se usassem esses métodos...Lamentável. Beijinho grande, Eva, pelo desabafo e divulgação.
Só para deixar um bommmmmmm diaaaa! :*
Infelizmente ainda existem situações destas...e de outras...sim pq há para os dois lados.Dificil é o sistema q n deixa tomar as atitudes correctas.
Parabéns pela frontalidade do post Eva...e pela sinceridade :)
bjokas ":o)
anna^, olá
deixaste-me, por aqui, abandonadita, sniff, sniff
bejinho grde
Deixa-me pegar nesta assunto, Eva..
Como vês o jornal tem capacidade de intervenção. Não quererás conversar comigo acerca deste assunto?
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