24 junho 2005

Festas de fim de ano lectivo

Estou a ficar velha! Ou então não sou desta época.
Eu explico.
O último hit, pelo menos aqui em Viseu, é fazer grandes festas de fim de ano, nas escolas.
E assim, nos infantários, armam-se os finalistas, criancinhas de três (3) anos, de cartolas, fitas pintadas pelos familiares, convidam-se família, amigos, vizinhos e o cão (este não sei se pode entrar) e faz-se uma grande festa! Munidos de máquinas de filmar, fotografar e mais o fotógrafo convidado prudentemente (ou talvez não!) pelas educadoras, toca a registar o momento solene de entronização do menino nas lides dos finalistas.
Nas escolas primárias organizam-se pomposos livros de fim de curso (4º ano ou a antiga 4ª classe!). Vestem-se as criancinhas a rigor, ensaia-se com o padre da paróquia, em conjunto com as professoras das escolas públicas, uma grande missa de benção dos livros. Convidam-se pais, avós, tios, padrinhos (a minha gata não recebeu convite) e lá vai tudo engalanado assistir à tal benção de não sei o quê.

Oh meu deus!!!
Se o ridículo matasse, isto por aqui, estava pior que o campo depois da batalha das Ardenas...

14 comentários:

Tão só, um Pai disse...

Eva, não sejas mázinha. Os meus sempre tiveram festas de arromba, por altura do natal e no fim do ano, para o que ensaiavam ... "em segredo".

E lá íamos todos, pais e avós, sorrir para os nossos mais queridos. Que queres, é giro, ver os putos com o seu arzinho de importantes, a botar faladura e uns passos de dança. Para eles, também é bom, porque os ajuda a desinibirem-se.

Claro, eu só tenho dois mas, mesmo assim, a mais pequena só este ano é que não teve festa do fim do ano. Apesar de eu, mais daqui a bocado, ir ao seu "arraial de fim do ano". Quando o meu filho andou ali, no 5º ano, não me lembro de qualquer festança.

E a festa dela, no ano passado foi, mais uma vez, muito engraçada e cheia de imaginação, no que aos números respeita.
Os professores, pais e alunos participam e aproveitam para venderem comes e bebes, reunindo uma boa parte dos fundos necessários aos passeios.

Agora, nunca houve nem padre nem benção de coisa nenhuma. Mas já se sabe, Viseu é uma cidade muito eclesiástica e, em havendo disponibilidade do clérigo para estas coisas ... mas, sinceramente, com tanta paróquia a precisar de ajuda por falta de vocações ...

carla disse...

Olá Eva

Desta vez tenho de discordar, por aqui tb se fazem festas de final de ano e olha que eu até gosto, é engraçado ver os miudos a receber os trabalhitos e a familia estar por perto.


Beijocas
Carla

CP disse...

Há sempre motivo para mais uma festa, nestes tempos em que a televisão é que "manda" no nosso tempo livre.
As maneiras de juntar as pessoas estão cada vez mais rebuscadas e já não são expontâneas...
Não concordas?

Anna^ disse...

ahahahahahahah Eva a tua paciência é q já n está no auge :)

O meu + novo q passou para o 6ºano,teve direito a peça de teatro com filme,encenador e tudo...ah pois é ;)

bjokas ":o)

ps-olha q pró ano há mais :P

Anónimo disse...

Eva, minha amiga: Viseu é uma anedota nalguns sentidos.
Mas ainda assim, uma festinha...lol
Olha, será possível passares pelo site do jornal e participares com a tua opinião no fórum?
Eu explico: a directora do museu, como é óbvio não gostou do que escrevi e mandou retirar todos os jornais que normalmente disponibilizamos para o Museu.
Outra atitude censória que não podemos tolerar. Sei que nesta altura vários canais televisivos estão empenhados em tramá-la graças à nossa modesta contribuição.
A fulana dançou. Garanto-te que pela parte que toca a este jornal, só descansaremos qd a dita for demitida ou se demita.
Tenho nesta altura uma série de provas da forma ilegal como trata as actas obrigatórias, como maltrata os funcionários, etc..
Naturalmente que conto no próximo jornal, acabar de lhe dar a machadada final.
Fico a aguardar...
Um beijinho

Anónimo disse...

P.S. Se tivesse o teu email já te teria enviado o meu nº de telemóvel.
Beijo

Anónimo disse...

Mais uma importação americana como o halloween e outras! Mais um fenómeno consumista tão do agrado dos mesmos comerciantes que promovem o dia da mão, do pai, do tio, do avô, etc.

Ensina-se aos miúdos o fútil e o fátuo logo de princípio e em cumplicidade com os seus formadores que deviam participar no modelo oposto, o do autodesenvolvimento, não o da festa virada para a expressão extrovertida das pulsões e para a aceitação fanática pelo "grupo".

Ceder ao modelo americano das "festas de fim de ano" é ceder à americanização da cultura europeia e ao mercantilismo/consumismo reinantes...

Dito isto, é extremamente a um pai resistir a todas estas pressões esmagadores que nos vêm até da própria escola! Como resistir e dizer aos nossos filhos não ao consumismo, às discotecas aos 12 anos, às marcas, se todos os pais dos seus amigos fazem o oposto?

Conceição Paulino disse...

Olá:) parabéns pelos filhotes e bons resultados para a k anda em exames. Esta história do fim de anos, desde a pré-primária, pode ter o sue lado >o, mas também o k descreves com pompa e circunstância é exagero...Acho eu de que....Bj grande

Sofia Schiappa disse...

Por aqui pelos Algarves também temos direito a festa americana com chapéus quadrados e toga, com o fotógrafo, a dança, o teatro e tudo o mais... Puro exagero!!!
Este ano já me escapei, que o mais velho vai para o quarto ano e as mais novas passaram para o segundo... e nesta escola a câmara só oferece o almoço ás criancinhas!!! Nem festa, nem cartola, nem bolos... É para ir de férias e acabou!!!
Obrigada pela visita...

Tão só, um Pai disse...

Bom dia, Evita.
Sexta passada fui ao arraial da escola da minha filha, que está no quinto ano. Escola pública, note-se. Animação tremenda. Comes e bebes para todos os gostos. Tremendo, o sucesso.

Raquel Vasconcelos disse...

Bolas bolas e rebolas... eu até já vendi rifas numa festa dessas :)
Ou n tenha eu amigas q hoje em dia têm uma escola p criançada...
Elas organizavam as festinhas em tempos de ATL e era uma curte!
Moi não perdia uma....

Jinhos Eva :)

Raquel Vasconcelos disse...

PS: Festas de fim de ano já eu tive era garota... já lá vão qs 30 anos...
Nada disso se compara ou mistura com consumismo, roupinha de marca e outras coisas que tais...
Não estaremos a colocar demasiados assuntos no mesmo saco?

Porque se conheci as festas de colégio particular (e essa era realmente de arromba, eu que o diga que lá andava), também conheci as festas das escolas oficiais (mais recentemente).

E só quem não assiste ao que se passa num ATL, poderá dizer que esse tipo de festinhas não faz bem aos garotos...
Aprendem as músicas, estudam em conjunto, pintam os enfeites, inventam e reinventam o que podem.

E muito do que é posto em andamento é com o "suor" de gente que não ganha mais por isso...

Mas há realidades e realidades...
não vou falar por todos...

Tão só, um Pai disse...

Eva, acho que percebo a tua posição. Em si, as festas são uma comemoração divertida e pedagógicamente interessane mas, dependendo do meio em que têm lugar, poderão revestir-se de aspectos intragáveis, por vezes com muito snobismo à mistura. Conheço uns quantos sítios em que, infelizmente, isso acontece.

Raquel Vasconcelos disse...

Eva...
o T é uma na ferradura e outra n sei onde... olha o harém...

:D heheehe