Rota das laranjeiras
As caminhadas no campo ajudam a diminuir a depressão e a aumentar a auto-estima, ao contrário do que acontece quando os passeios a pé se limitam aos centros comerciais, revelou um estudo britânico, intitulado “Ecoterapia: Agenda verde para a saúde mental”, ontem divulgado.
Investigadores da Universidade de Essex (Inglaterra) compararam, em 20 pessoas com depressão, os efeitos de passeios a pé de 30 minutos num parque e de caminhadas de igual duração num centro comercial da cidade. Depois dos passeios a pé na natureza, o nível de depressão de 71% dos participantes baixou e a auto-estima aumentou em 90%. Em contraste, entre os que caminharam num centro comercial, só 45% mostraram uma diminuição do nível da depressão e 22% um aumento. Além disso, 50% destas pessoas ficaram mais tensas e 44% perderam auto-estima.
Segundo a Mind, uma associação de caridade britânica especializada em problemas de saúde mental, os resultados do estudo provam que a ecoterapia deve ser considerada “uma opção de tratamento adequada”.
Confirmação cientifica de um aspecto conhecido
Para Ricardo Gusmão, professor de Psiquiatria na Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa, «o exercício físico determina alterações no metabolismo e funcionamento do cérebro que provocam melhoria no humor de modo agudo, mas também sustentado no tempo. É património do bom senso que a vida ao ar é mais saudável do que no meio urbano». O que é novo, referiu à Lusa, «é a confirmação deste último aspecto por via da investigação científica».
Porém, considera que o estudo é omisso quanto ao que opera efectivamente a diferença: «A ausência de poluição ambiental? A mudança de rotina ou a confirmação dessa mesma rotina nos resultados negativos de quem passeia nos centros comerciais? Quais os estímulos benéficos e quais os prejudiciais?», interroga-se Ricardo Gusmão.
Alternativa credível aos anti-depressivos
Na óptica de Paul Farmer, director da Mind, a ecoterapia é «uma opção de tratamento credível, clinicamente válida, que devia ser prescrita pelos médicos, particularmente quando para muitas pessoas o acesso a alternativas aos antidepressivos é muito limitado”, sendo «muito mais barata» do que estes medicamentos, “não tendo efeitos secundários e estando ao alcance de qualquer um».
»Este é que o problema real», diz Ricardo Gusmão: «há muita gente doente [pelo menos cinco% da população], com consequências graves [suicídio e morte precoce] e custos de tratamento crescentes, e o sistema público de saúde não quer assumir».
Não há dados sobre a prevalência de depressão na população geral em Portugal, mas segundo o Censo Psiquiátrico de 2001, cerca de 20% dos utentes dos cuidados de saúde primários são pessoas com todos os tipos de depressão."
Fonte:Notícias da manhã descoberto aqui
7 comentários:
Olha que fixe!!
Por estes lados nota-se um grande aumento de pessoas a fazer caminhadas! E ainda bem!
Dia 26 tenho mais uma.
Beijokas
Eu confirmo. Caminhar na natureza faz bem à mona.
Huummmm... será que era por isso que eu em messinha jóvem gostava de fazer corta mato, mas correr em pista, tá quieta ??
Que belo incentivo para eu me mexer, obrigada. :)
Auto-estima é coisa que nunca me fez falta... Quanto à depressão, acho que anda uma por aí à espreita. Começo a notar quando não me consigo organizar e deixo de ter tempo para tudo aquilo que quero, e nessa falta de tempo, está incluido o que seria destinado a caminhar...
Bolas!! Tenho que arribar!
Bjitos e bom fim de semana.
ana
Interessante artigo. Vou recomendá-lo!
Ora aqui está um remédio para a sogrinha...
Eh, Eh, Eh!!!!!!!!!
O que eu sinto faltar de andar a pé, aqui nesta estação, com o sol abrasador e a poeira é impossível !
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